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Política

Olarte recorre ao STJ para tentar barrar ação da Coffee Break

Michel Faustino | 18/11/2015 17:12
Olarte entrou com o pedido conhecido com ‘salvo-conduto’, pode ser realizado antecipadamente à prisão quando uma pessoa está sendo ameaçada de perder a liberdade. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Olarte entrou com o pedido conhecido com ‘salvo-conduto’, pode ser realizado antecipadamente à prisão quando uma pessoa está sendo ameaçada de perder a liberdade. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O prefeito afastado Gilmar Antunes Olarte (PP) recorreu ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) para tentar barrar ação resultante da Operação Coffee Break, que tramita em segredo de Justiça, e antecipar um possível pedido de prisão. O habeas corpus foi impetrado pelo advogado Jail Azambuja e deve ser analisado pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª turma.

No dia 01 de outubro, a Justiça decretou as prisões de Olarte e do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, proprietário da Proteco Construções Ltda. O pedido de prisão temporária foi feito pelo MPE (Ministério Público do Estado) e deferido pelo desembargador do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Luiz Cláudio Bonassini da Silva, sendo desdobramentos da operação CoffeeBreak, realizada em 25 de agosto pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para investigar compra de votos na Câmara Municipal para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014.

A operação Coffee Break, que foi deflagrada após compartilhamento de provas com a Lama Asfáltica, deteve 13 pessoas para prestar depoimentos. A condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a ir, foi autorizada para nove vereadores: Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salém.

Na ocasião, também prestaram esclarecimentos o ex-vereador Alceu Bueno, que renunciou após escândalo de exploração sexual, e os empresários João Amorim, Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird. A Justiça autorizou o afastamento de Olarte e Mario Cesar dos cargos. No mesmo dia 25 de agosto, mas em outro processo, o Poder Judiciário deu aval para a volta de Bernal à prefeitura.

Os advogados de Olarte foram procurados pelo Campo Grande News para detalhes sobre o pedido, no entanto, até o fechamento desta matéria não atendeu e nem retornou às ligações.

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