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Política

Vereadores pedem ao TJ a liberação dos celulares apreendidos na Coffee Break

Paulo Yafusso | 12/11/2015 18:20
Os laudos foram entregues pelo Instituto de Criminalística em outubro. São cerca de 400 mil páginas de dados extraídos pelos peritos (Foto: Fernando Antunes)
Os laudos foram entregues pelo Instituto de Criminalística em outubro. São cerca de 400 mil páginas de dados extraídos pelos peritos (Foto: Fernando Antunes)

O vereador Otávio Trad (PT do B) pegou de volta hoje (12) o celular apreendido pela Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) durante a Operação Coffee Break no último dia 25 de agosto. Também recebeu o laudo da perícia feita pelo IC (Instituto de Criminalística) que, segundo o advogado dele, André Borges, foi entrege em um pen-drive. A assessoria do TJ/MS (Tribunal de Justiça do Estado) informou que dos 17 aparelhos apreendidos quatro retornaram ao IC para nova perícia.

Ainda de acordo com a assessoria do TJ, os donos dos aparelhos devem fazer uma petição solicitando a devolução dos celulares e as transcrições do material obtido pela perícia. E hoje mesmo o advogado Rene Siufi entrou com pedido de liberação dos celulares dos vereadores Edil Albuquerque e Paulo Siufi, ambos do PMDB.

O advogado André Borges ficou impressionado com a capacidade do equipamento utilizado pelo IC para fazer a perícia. Segundo ele, foram extraídos do aparelho todas as mensagens e até as páginas acessadas nos sites. O volume de material obtido pelos peritos do celular do vereador Otávio Trad ocupa cerca de 10 mil páginas, de acordo com Borges. Ele disse que pediu ao cliente para que faça um resumo de tudo o que encontrar no laudo, para que ele possa entrar com uma petição junto ao Gaeco.

"Quero me antecipar e entregar tudo que possa ser questionado pelo Gaeco", afirmou. André Borges conseguiu, via judicial, que o grupo do MPE (Ministério Público Estadual) anexasse os cerca de 300 páginas referentes a movimentação bancária de Trad, para que os promotores de Justiça da Operação Coffee Break verifiquem que não houve nenhuma operação bancária suspeita. O empresário João Baird, dono da Itel, também conseguiu liminar concedida pelo desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, para anexar no procedimento invstigatório da Coffee Break documentos de interesse da defesa do empresário.

No despacho ao pedido de liberação do celular de Otavio Trad e o afastamento dos vereadores Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB) e de Edson Shimabukuro, o desembargador Luiz Claudio Bonassini afirmou que 90% das informações que constam nos laudos da perícia não tem utilidade para a investigação da Coffee Break. O Gaeco pediu o afastamento dos dois vereadores, porque eles entregaram celulares que não eram deles, e os promotores entenderam que isso foi uma manobra para atrapalhar a investigação.

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