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Política

Planejamento do PPA destaca economia, infraestrutura e meio ambiente

Entre suas prioridades, Governo inclui logística, carbono neutro e impulso à economia

Por Maristela Brunetto | 17/10/2023 14:32
Em seu planejamento, Estado destaca a força do agro e também a ambição de alcançar a condição de carbono neutro (Foto: Arquivo/Aprosoja-MS) )
Em seu planejamento, Estado destaca a força do agro e também a ambição de alcançar a condição de carbono neutro (Foto: Arquivo/Aprosoja-MS) )

Com a economia apresentando crescimento superior à média nacional, de olho em atrair novas empresas e com a cobrança por desenvolvimento sustentável, o PPA (Plano Plurianual) elaborado pelo Governo Estadual para nortear suas ações entre 2024 e 2027 destaca ações em áreas como meio ambiente, infraestrutura, logística e atividades produtivas, com ênfase na produção agropecuária.

A apresentação do plano, aponta que desde 2017 o estado apresenta resultados positivos na economia, com a exceção de 2019, quando houve retração de 0,53%. Em 2022, o crescimento foi de 4,6% e há uma projeção mais comedida para os próximos anos, entre 3% e 4%. O governo destaca a importância do agro, subindo de 17,3% para 23,7%. Há ainda a aposta no setor da celulose, com a instalação de duas gigantes- Arauco, em Inocência, e Suzano, em Ribas do Rio Pardo, além de outras empresas, como a Bracell e Eldorado, todas na região leste do Estado e com a expansão do plantio de florestas de eucaliptos. A celulose se tornou o segundo principal produto exportado do estado, atrás apenas da soja.

Além disso, há expectativa de a consolidação da Rota Bioceânica, abrindo acesso à Ásia por meio de portos do Chile, através do Oceano Pacífico, através de ponte que está sendo construída em Porto Murtinho. Nesse contexto, o governo enfatiza a necessidade de ampliar a logística, com modais interligados. Também é destacada a necessidade de investir em qualificação para elevar a empregabilidade dos trabalhadores locais. Outra frente destacada entre os objetivos do governo está apoiar a agropecuária que seja sustentável e com maior rentabilidade.

A Rota é mencionada como uma prioridade junto com a Ferrovia Malha Oeste e a Concessão de Rodovias, projetos que devem receber investimentos do setor privado. Por conta do governo, a grande cobrança na participação da comunidade na definição do PPA foi por pavimentação.

Na área da infraestrutura, entre as áreas planejadas constam R$ 7,9 bilhões para pavimentações e restaurações; consolidar projetos, contará com R$ 19 milhões. Constam, ainda, R$ 5 bilhões para asfalto em vias urbanas.

No saneamento, o governo aponta o desafio de ampliar a rede de esgoto, com 56,56% realizados até 2021, à frente apenas de Mato Grosso na região, e melhorar o abastecimento de água, que alcançou 99%. No PPA consta a previsão de investimento de R$ 5,6 bilhões. As ações são feitas pela Sanesul por meio de parceria realizada com empresa privada.

Para habitação popular, consta no PPA recursos do Fundo de Habitação de Interesse Social, com R$ 566 milhões, que, com outras ações soma R$ 612 milhões.

A pasta da Agricultura terá R$ 1,5 bilhão, incluindo a gestão e programas. A agricultura familiar contará com receita de R$ 463 milhões; promoção das atividades contará com R$ 266 milhões, a extensão rural terá R$ 277 milhões e outros R$ 510 milhões irão para a defesa agropecuária.

Ciência e tecnologia contará com R$ 434 milhões e o governo prevê R$ 105 milhões para ações de eficiência energética.

O PPA do governo contempla ainda uma série de setores que destaca como importante para economia, como o desenvolvimento do turismo, que terá 60 milhões, ações para políticas de   apoio à pecuária, com 4.6 milhões e agricultura, de 8,3 milhões; mineração cerca de R$ 3 milhões; para ações voltadas às pequenas empresas a soma é de R$ 2,4 milhões; apoio à políticas de inovação contará com R$ 47.9 milhões ao longo dos cinco anos do PPA e ainda para ecoinovação e sustentabilidade a previsão é de R$ 26,1 milhões. A MSGás, empresa que o Estado tem sociedade com consórcio privado, tem previsão de investimentos de R$ 123,7 milhões.

Meio ambiente e mudanças climáticas terão R$ 217 milhões, em uma série de ações. Entre elas, ações para uso sustentável de recursos e preservação terão R$ 85 milhões, projetos na área de carbono neutro, uma bandeira do governo, terão R$ 28,4 milhões, enquanto o Bioparque Pantanal contará com receita de R$ 30,8 milhões. O setor ainda terá R$ 60 milhões para unidades de preservação, R$ 21 milhões para a área de manejo do fogo e queimadas. Proteção à fauna tem previsão de R$ 3,2 milhões. Fiscalização e defesa ambiental contarão com R$ 20 milhões e outros 14 milhões serão para pesquisas e monitoramento.

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