Prefeita promete cobrar troca de 198 ônibus após relatório da CPI do Transporte
Adriane Lopes disse que equipe técnica analisa documento e que consórcio já é notificado desde janeiro
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmou nesta quinta-feira (25) que a Prefeitura vai cobrar a substituição imediata de 198 ônibus vencidos da frota do transporte coletivo da Capital. A fala ocorre poucos dias após a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo da Câmara Municipal recomendar a intervenção no Consórcio Guaicurus e o indiciamento de ex-dirigentes de órgãos fiscalizadores.
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Prefeita de Campo Grande promete agir após relatório da CPI do Transporte Coletivo. Adriane Lopes afirmou que cobrará a substituição de 198 ônibus com idade acima do permitido. A declaração segue a recomendação da CPI da Câmara Municipal, que apontou irregularidades no Consórcio Guaicurus. Além da troca da frota, a CPI também recomendou intervenção no consórcio e indiciamento de ex-dirigentes de órgãos fiscalizadores. O relatório apontou problemas como falta de seguro, falhas na manutenção e superlotação. A prefeitura analisará o documento para definir medidas administrativas.
“O relatório foi encaminhado para a Prefeitura e, a partir disso, nossa equipe técnica vai avaliar o posicionamento da comissão para definir os encaminhamentos. Mas o município já tinha discutido com o Governo do Estado esse assunto, que é de grande relevância para os usuários, e medidas serão tomadas”, disse a prefeita em agenda no Paço Municipal.
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Adriane reforçou que a troca da frota é prioridade. “Nós também vamos agora buscar a troca dos 198 ônibus que estão vencidos. O consórcio tem prazo para essa entrega e nossa equipe, desde janeiro, vem notificando a empresa na busca de melhorias para o transporte na Capital”, completou.
O relatório final da comissão apontou que 197 ônibus da frota estão acima do limite contratual de idade, o que compromete a qualidade e segurança do serviço. Além disso, os vereadores citaram falta de seguro obrigatório, falhas na manutenção preventiva, precariedade na acessibilidade e superlotação como descumprimentos reiterados do contrato.
O documento de quase 800 páginas também recomendou a intervenção no Consórcio Guaicurus, além do indiciamento de diretores e ex-diretores do consórcio e de ex-presidentes da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), por omissão na fiscalização.
Para os parlamentares, a intervenção seria uma medida legal e legítima para garantir o cumprimento das obrigações contratuais e assegurar a continuidade do serviço.
O relatório já foi encaminhado ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público de Contas, ao Tribunal de Contas e ao Executivo municipal. Agora, a equipe técnica da Prefeitura vai analisar os apontamentos para definir se adota medidas administrativas mais rígidas contra o consórcio, como multas ou até a própria intervenção.
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