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Política

Prefeitura recusa contraproposta e professores fazem nova assembleia

Presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, reniu-se com o secretário de Governo, Mario Cesar, e assessoria jurídica

Anahi Zurutuza e Gabrielle Tavares | 19/12/2022 17:13
Presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, ao sair de reunião na Prefeitura. (Foto: Gabrielle Tavares)
Presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, ao sair de reunião na Prefeitura. (Foto: Gabrielle Tavares)

A Prefeitura de Campo Grande recusou a contraproposta feita pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) na sexta-feira (16), que aceitou o parcelamento do reajuste de 10,39%, mas exigia que os pagamentos fossem feitos em janeiro (3,42%) e março (6,97%) de 2023. O Executivo reiterou a proposta de pagar o reajuste para os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) parcelado em três vezes – 3,42% em janeiro, 3,48% em maio e 3,48% em dezembro.

De acordo com o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) não participou da reunião na tarde desta segunda-feira (19), mas foi representada pelo secretário de Governo, Mario Cesar, e assessoria jurídica.

“A prefeita respondeu a nossa proposta, alegando que ela não tem condições de cumprir a contraproposta, nos mesmos argumentos que ela apresenta até o momento e reiterou a proposta anterior”, afirmou.

O representante da categoria afirma ainda que na assembleia geral, que começou às 17h, professores vão discutir os próximos passos. “Nós vamos levar para a assembleia, discutir as estratégias e com a categoria, qual será o posicionamento. O secretário e a assessoria reforçaram o compromisso com o diálogo aberto”.

Histórico – Conforme a Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste para os professores deveria ser de 10,39% nos salários de dezembro. O piso salarial é R$ 3,3 mil para 20 horas semanais de trabalho e com o reajuste integral, a remuneração mínima para a categoria subiria para R$ 3,8 mil. O Executivo alega que a mesma lei impede que se extrapole o limite prudencial previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e por isso, não pode cumprir com a “promessa” feita em março deste ano.

Para protestar contra o “congelamento” dos salários, professores iniciaram greve no dia 2 de dezembro e ficaram parados até o dia 9 de dezembro. Depois disso, as aulas foram retomadas e paralisadas novamente na segunda-feira (12), retornando terça (13) e quarta-feira (14). Na quinta-feira (15), parte das escolas não funcionou devido à última assembleia geral com a categoria.

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