Revogados mandados de prisão contra “República de MS” em Campinas
O TJ/SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) confirmou agora há pouco a revogação dos sete mandados de prisão expedidos na semana passada em Campinas (SP), entre eles, do ex-prefeito de Corumbá Ricardo Cândia, que é ex-diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas; do ex-diretor da Sanesul e da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), Aurélio Cance Júnior, e do ex-secretário de Cultura em Campo Grande, Francisco Lagos, que foi coordenador de Comunicação na cidade do interior paulista.
Lagos teve prisão preventiva decretada por duas vezes desde o início das prisões no caso Sanasa, mas não chegou a ser detido. Já Cândia e Cance Júnior chegaram a ficar presos na primeira operação. Nos mandados expedidos na última sexta-feira o trio era considerado foragido até hoje pela manhã.
Além deles, foram revogados, na noite de ontem, pelo desembargador do TJ/SP, Fábio Poças Leitão, os mandados de prisão contra a primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim Jorge Santos, do vice-prefeito, Demétrio Vilagra, o ex-diretor comercial da Sanasa, Marcelo de Figueiredo, além do ex-secretário de Segurança Pública da Prefeitura de Campinas, Carlos Henrique Pinto.
Segundo informações do grupo RAC (Rede Anhanguera de Comunicação), com a ordem da Justiça, a 3ª Vara Criminal expedirá um contra-mandado de prisão que anula o anterior e também o alvará de soltura de Carlos Henrique Pinto e Marcelo de Figueiredo, que estão presos desde a última sexta em um Batalhão de Choque da Polícia Militar em São Paulo.
O Ministério Público investiga, desde 2009, o possível envolvimento de integrantes do alto escalação da prefeitura campinense, supostamente chefiados pela mulher do prefeito e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim, na cobrança de propina nos processos de licitações de obras e serviços da Sanasa. O ex-prefeito de Corumbá é apontado como braço direto de Rosely Nassim.
Os sete pedidos de prisão foram feitos pelo Ministério Público, que acusou 22 pessoas de envolvimento no suposto esquema. De acordo com a Promotoria, cerca de R$ 615 milhões foram desviados dos cofres públicos em várias cidades paulistas e de outros estados.