Secretário enfrenta Geraldo Resende para ser candidato do PMDB à prefeitura
Candidato deve ser escolhido em pré-convenção no dia 5 de março; deputado tem maioria do diretório, mas Sebastião Nogueira tenta convencer filiados que é “melhor nome” para disputar prefeitura
O ex-deputado estadual e atual secretário municipal de Saúde Sebastião Nogueira é o único adversário interno do deputado federal Geraldo Resende na corrida para ser o escolhido do PMDB para disputar a eleição de prefeito de Dourados em outubro deste ano.
Até então, Resende era visto como o único peemedebista com pretensões de ser candidato, mas Sebastião Nogueira confirmou que também quer concorrer à vaga ocupada desde 2011 por Murilo Zauith (PSB).
Para escolher qual dos dois será o candidato, o diretório municipal do partido marcou para o dia 5 de março uma pré-convenção. Se até lá não tiver consenso, Geraldo e Sebastião devem disputar a vaga no voto.
Alfinetada – O deputado tem maioria do diretório, já que é o presidente municipal do PMDB, mas o secretário quer convencer os correligionários que é “o melhor nome” para disputar a prefeitura. Há 20 anos o partido não elege o prefeito da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. A última vez foi em 1996, quando o então vice-governador Braz Melo derrotou José Elias Moreira e assumiu a prefeitura pela segunda vez.
“O deputado ‘correu’ todo este tempo sozinho, tem a maioria do diretório. Meu trabalho consiste em reverter essa posição e colocar meu nome como a melhor opção”, afirmou Sebastião Nogueira.
O secretário alfineta Geraldo ao afirmar ter “maior poder” para aglutinar aliados em relação ao deputado. “Hoje meu nome congrega um arco de alianças com os maiores partidos aqui do Estado e o deputado Geraldo tem encontrado uma dificuldade muito grande de aglutinação. Tem uma rejeição muito grande dentro da classe política para ser candidato. Vou usar esta rejeição a meu favor”, declarou Sebastião Nogueira.
Ele afirmou que já falou com os principais caciques peemedebistas em Mato Grosso do Sul, entre eles o ex-governador André Puccinelli, o senador Waldemir Moka, o presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mocchi, e o deputado estadual Renato Câmara, que representa Dourados na AL.
“Até então o único candidato era o Geraldo Resende, então todos os líderes demostraram apoio a ele. Existe o risco de o deputado ser escolhido candidato e disputar uma eleição totalmente sozinho. Considerando o índice de rejeição eleitoral que ele tem, é derrota na certa”, afirmou.