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Política

Sem decisão, técnicos e comissão de professores estão debruçados em cálculos

Prefeita Adriane Lopes não participa de negociações da tarde desta quarta-feira e nova reunião já foi marcada

Anahi Zurutuza e Gabrielle Tavares | 14/12/2022 17:00
Protesto de professores em frente à Prefeitura de Campo Grande na semana passada. (Foto: Kísie Ainoã)
Protesto de professores em frente à Prefeitura de Campo Grande na semana passada. (Foto: Kísie Ainoã)

Depois de reunião com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), e comissão de vereadores pela manhã, representantes dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e técnicos da administração municipal estão, há pelo menos duas horas e meia, debruçados sobre planilhas de cálculos para tentar chegar a um consenso sobre o reajuste da categoria.

Abordada pelo Campo Grande News nos corredores do Paço Municipal nesta tarde, Adriane explicou que além de matemática, a equipe técnica do Executivo tenta encontrar uma solução jurídica para a questão. “Hoje já estivemos juntos, buscando um caminho que seja plausível, tanto para a ACP [Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública], quanto para a gestão. Mas, ainda não encerramos a negociação, por que é cálculo e toda a tratativa implica em avaliação jurídica também. Estamos lidando com muita responsabilidade com o recurso público”.

Segundo apurado pela reportagem, os resultados da reunião desta tarde serão apresentados pela prefeita nesta quinta-feira, a partir das 8h. A assembleia geral da ACP, que estava marcada para a manhã, foi adiada para as 14h.

Se houver acordo, uma coletiva de imprensa deve ser marcada para detalhar o que foi negociado. “Possivelmente, teremos uma coletiva amanhã para informá-los sobre as posições tomadas e nosso posicionamento junto com a categoria”, afirmou Adriane.

Os educadores não abrem mão de terem os salários aumentados em 10,39% em dezembro, enquanto a prefeitura alega não ter margem para dar o acréscimo sem desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. De manhã, Adriane expôs a situação complicada da administração municipal para cumprir com o reajuste previsto tabela de escalonamento, aceita pelos professores após negociações com o então prefeito Marquinhos Trad (PSD), em março deste ano, e garantida pela Lei Municipal 6.796/2022.

Na saída da reunião desta manhã, o vereador Beto Avelar (PSD) disse que a prefeitura mostrou nas planilhas a aplicação dos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Pela legislação, o percentual de gasto com a folha de pagamento seria de 70%, mas a prefeitura já está em 73%, diferença que representa R$ 250 milhões/ano.

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