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Política

Sem nomear substitutos, governador exonera secretária e diretor do HR

Aline dos Santos | 02/07/2013 07:25
Beatriz disponibilizou sigilo fiscal e telefônico.
Beatriz disponibilizou sigilo fiscal e telefônico.

Sem nomear substitutos, o governador André Puccinelli (PMDB) oficializou nesta terça-feira a saída da cúpula da Saúde em Mato Grosso do Sul.

A pedido, Beatriz Figueiredo Dobashi foi exonerada do cargo de secretária estadual de Saúde.Já Ronaldo Perches Queiroz foi dispensando das funções de diretor-presidente da Funsau (Fundação Serviços de Saúde) e diretor-geral do HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian.

As dispensas foram anunciadas ontem por Beatriz Dobashi e Ronaldo Queiroz, que aparecem em gravações da operação Sangue Frio, realizada em março pela PF (Polícia Federal).

Na gravação, eles combinam como responderiam ao Ministério da Saúde solicitação sobre o interesse do Estado em repasse de aceleradores lineares para tratamento de pacientes com câncer.

A estratégia era a de convencer o Inca (Instituto Nacional do Câncer) a enviar os equipamentos apenas para o HR e ao Hospital do Câncer, dirigido na época por Adalberto Siufi. Nas conversas gravadas, a secretária deixa claro que há uma relação próxima com o médico oncologista, afastado do HC depois de denúncias de improbidade.

Beatriz Dobashi deixa de ser assessora de Puccinelli após mais de 16 anos. Desde a primeira administração do peemedebista na Prefeitura de Campo Grande. Ela disponibilizou seu sigilo fiscal e telefônico para eventual investigação.

A operação Sangue Frio investiga o HU (Hospital Universitário) de Campo Grande, o Hospital de Câncer e médicos por desmonte da rede pública de radioterapia para privilegiar o setor privado.

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