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Saúde e Bem-Estar

Campo Grande planeja criar oito novos serviços de saúde mental até 2029

Serviços devem ser descentralizados, levando atendimento aos bairros

Por Ângela Kempfer | 01/09/2025 13:10
Campo Grande planeja criar oito novos serviços de saúde mental até 2029
Fachada do Caps III, que atende a região do bairro Guanandi, em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Em quatro anos, a prefeitura de Campo Grande prevê a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial com a criação de oito novos serviços especializados, além da requalificação de unidades já existentes, como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

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A Prefeitura de Campo Grande planeja expandir a Rede de Atenção Psicossocial com oito novos serviços especializados até 2029, além de requalificar unidades existentes. O Plano Plurianual 2026-2029 prevê investimentos de R$ 7,441 bilhões para a área da saúde, com R$ 1,758 milhão destinados especificamente à saúde mental. O projeto visa descentralizar o atendimento, levando serviços para mais bairros da capital e reduzindo a sobrecarga dos centros existentes. A proposta inclui a integração com a atenção primária e emergencial, além de atendimento especializado para pessoas com transtornos mentais graves, usuários de drogas e público infanto-juvenil.

O PPA (Plano Plurianual) 2026–2029 traz um capítulo específico para a saúde mental, reconhecida como uma das áreas mais sensíveis e que mais pressionam o sistema público de saúde.

Com os novos dispositivos, a expectativa é ampliar a cobertura da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), que hoje atende de forma regionalizada, mas enfrenta filas e sobrecarga. A meta é garantir que mais bairros da Capital tenham acesso direto a serviços de saúde mental, reduzindo deslocamentos e fortalecendo a atenção local.

O documento destaca que a Rede precisa ser ampliada e descentralizada, para que os serviços não fiquem concentrados em poucos equipamentos e regiões da cidade. A meta é levar o atendimento para mais bairros de Campo Grande, garantindo que a população tenha acesso a unidades mais próximas de casa, sem depender exclusivamente dos grandes CAPS centrais.

O PPA prevê também que a RAPS seja articulada com a atenção primária e com a rede de urgência e emergência, de forma que os pacientes em crise sejam atendidos com rapidez e encaminhados para acompanhamento contínuo. A proposta é integrar desde as UBS até as UPAs e hospitais, criando uma linha de cuidado mais efetiva.

Outro ponto destacado é o atendimento a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, usuários de álcool e outras drogas e também crianças e adolescentes que necessitam de acompanhamento especializado. A ampliação da rede pretende garantir que esses públicos tenham atendimento regular e humanizado, evitando que a procura se concentre apenas em momentos de crise.

O PPA ressalta que a expansão da saúde mental não deve se restringir a obras físicas. A prioridade é a qualificação da assistência, com foco no atendimento humanizado, redução do estigma e integração com outras políticas públicas, como educação e assistência social.

Quanto será investido? - No total, a função Saúde terá R$ 2,248 bilhões em 2026 e R$ 7,441 bilhões ao longo do quadriênio. Os projetos de saúde mental, incluindo a criação dos 8 novos dispositivos da RAPS e a expansão dos CAPS, estão contemplados dentro desse orçamento, mas o documento não discrimina valores específicos apenas para a saúde mental.

A Lei Orçamentária Anual de 2026, também enviada pela Prefeitura de Campo Grande à Câmara Municipal hojem prevê recursos específicos para reforçar a rede de saúde mental da Capital. No total, estão destinados R$ 1,758 milhão, divididos em duas frentes principais.

São R$ 441 mil para o CAPSIJ (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil), com a meta de atender 1.280 famílias de crianças de 0 a 6 anos. O serviço é voltado para o acompanhamento especializado de crianças com transtornos mentais e para prevenção de agravos nessa faixa etária, considerada prioritária.

Outra fatia, de R$ 1,317 milhão, está no programa de Fortalecimento da Atenção de Média e Alta Complexidade, onde se inserem os serviços da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial). Esses recursos abrangem tanto a manutenção dos CAPS já existentes, como o Margarida, quanto a expansão da rede, prevista no PPA com a criação de oito novos dispositivos de saúde mental.