Doenças respiratórias voltam a crescer na Capital, apesar do saldo menor em 2025
Cobertura vacinal segue longe de atingir a meta de 90% da população-alvo
Embora o total de registros de SARGS (Síndromes Agudas Respiratórias Graves) em Campo Grande, neste ano, esteja abaixo do registrado em 2024, os dados das semanas mais recentes acendem um sinal de alerta para as autoridades de saúde.
RESUMO
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Segundo o Informe da Sala de Situação de Vírus Respiratórios da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), entre a 1ª e a 30ª semana epidemiológica de 2025, foram contabilizadas 2.214 notificações da doença. No mesmo período do ano passado, o número chegou a 2.376, uma diferença de 162 casos a menos neste ano em relação a 2024.
Períodos de pico
Apesar disso, os dados de 2025 mostram picos mais altos em determinadas semanas. O principal deles ocorreu na semana 17 (21 a 27 de abril), quando foram registrados 164 casos. Nesta data, a Prefeitura ampliou a vacinação para todas as idades.
Em 2024, o auge foi na semana 15 (12 a 18 de abril), com 154 notificações. A elevação expressiva entre as semanas 13 e 18 coincide com o período de 23 de março a 3 de maio e pode estar associada à circulação de vírus com maior carga viral ou surtos localizados.
Passado o pico, os números voltaram a cair gradualmente, mas ainda assim permaneceram em patamar mais elevado em comparação com 2024 até a semana 30, de 20 a 26 de julho. Os dados mais recentes, referentes às semanas 29 e 30 deste ano, mostram 80 e 91 casos, respectivamente, o que pode indicar o início de uma nova curva de crescimento.
Momento de alerta
Boletim InfoGripe da Fiocruz, com dados da semana epidemiológica 30, fez um alerta nessa semana, pois Campo Grande aparece entre as duas capitais brasileiras que apresentam crescimento consistente nos casos
Em contrapartida, a Secretaria de Saúde tenta vencer o desafio de atingir 90% de vacinação contra a Influenza. Desde a abertura da imunização em 24 de março, a Capital só conseguiu atingir 51% da população alvo.