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Saúde e Bem-Estar

Hipertensão afeta 1 a cada 4 sul-matogrossenses e exige atenção

No Dia Mundial da doença, especialista reforça cuidados com prevenção e diagnóstico precoce

Por Geniffer Valeriano | 19/05/2025 09:36
Hipertensão afeta 1 a cada 4 sul-matogrossenses e exige atenção
Hipertenso aferindo pressão em casa (Foto: Divulgação)

Silenciosa, a hipertensão afeta diariamente a vida de pelo menos 25% da população sul-mato-grossense. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma a cada três pessoas adultas no mundo sofre com hipertensão arterial. No Estado, dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam que, entre setembro e dezembro de 2022, um a cada quatro moradores de Mato Grosso do Sul conviviam com a doença, o que representa mais de 725,4 mil pessoas na época.

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A hipertensão afeta cerca de 25% da população de Mato Grosso do Sul, totalizando mais de 725 mil pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, um em cada três adultos no mundo sofre com a doença, considerada silenciosa por não apresentar sintomas evidentes. A condição pode estar relacionada a fatores genéticos, obesidade, consumo excessivo de sal e sedentarismo. Especialistas recomendam monitoramento regular da pressão arterial, dieta equilibrada com redução de sódio e alimentos processados, além da prática de exercícios físicos para prevenção e controle da doença.

A cardiologista Adriana Lugo Ferrachini, do Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), reforça que a hipertensão é uma doença que chega sem "causar barulho". Por isso, é prática comum que a pressão arterial seja aferida em toda consulta médica.

A condição pode estar relacionada a fatores genéticos, envelhecimento, sobrepeso ou obesidade, consumo excessivo de sal, sedentarismo, uso de álcool e até à apneia obstrutiva do sono.

Segundo Adriana, a pressão alta está diretamente associada ao risco de desenvolver cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico (AVE), insuficiência cardíaca, doença renal crônica e até morte precoce.

No entanto, a cardiologista afirma que “a hipertensão é considerada grave quando há lesão de órgãos-alvo, ou seja, danos estruturais ou funcionais em vasos, coração, cérebro, rins e retina”.

Em situações de crise hipertensiva, a orientação é buscar atendimento imediato em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Na maioria dos casos, a pressão pode ser estabilizada no local, mas casos mais graves exigem internação hospitalar.

Monitoramento em casa - A médica explica que o monitoramento da pressão arterial pode ser feito também em casa. Os aparelhos mais confiáveis são os que medem pelo braço, e não pelo punho.

É importante que o aparelho seja calibrado anualmente. Em pacientes obesos, o uso de um manguito adequado para o tamanho do braço é fundamental”, alerta.

Antes da aferição, é necessário aguardar ao menos 60 minutos após atividades físicas e 30 minutos após fumar. Não se deve consumir bebidas alcoólicas antes da medição, e a bexiga deve estar vazia.

“Em muitos casos, apenas a mudança no estilo de vida, com dieta pobre em sódio e gorduras, redução do consumo de álcool e prática de exercícios, já é suficiente para controlar a pressão”, afirma.

No entanto, há pacientes que precisam de medicamentos anti-hipertensivos, sempre com prescrição médica e conforme as necessidades individuais.

Prevenção começa na cozinha - A prevenção da pressão alta está diretamente ligada aos hábitos alimentares, conforme destaca Adriana. O principal cuidado é com o consumo de sódio. “O ideal é consumir cerca de 2 gramas de sódio por dia, o equivalente a 5 gramas de sal, ou uma colher de chá rasa”, orienta.

Alimentos industrializados e processados devem ser evitados por conterem alto teor de sódio. Estão na lista presunto, bacon, salame, linguiça, patê, peixes defumados, sopas instantâneas, conservas, temperos prontos, caldos de carne, molho shoyu, maionese, catchup e refrigerantes.

O consumo excessivo de álcool também contribui para o agravamento da doença. “O ideal é priorizar frutas, verduras, legumes, cereais, carnes magras e temperos naturais. São esses os alimentos que fazem bem ao coração”, finaliza.

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