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Acusado de mandar matar vereadora põe tornozeleira eletrônica para deixar MS

Sob escolta, Brazão teve tornozeleira instalada na tarde de hoje (12) para cumprir prisão domiciliar no RJ

Por Mylena Fraiha e Ketlen Gomes | 12/04/2025 16:09
Acusado de mandar matar vereadora põe tornozeleira eletrônica para deixar MS
Carro descaracterizado transporta Chiquinho Brazão a hotel após instalação de tornozeleira (Foto: Henrique Kawaminami).

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, deixou a Penitenciária Federal de Campo Grande e teve a tornozeleira eletrônica instalada na tarde deste sábado (12). Ele deve deixar a cidade em voo ainda hoje para cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro.

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O deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi transferido neste sábado (12) da Penitenciária Federal de Campo Grande para prisão domiciliar no Rio de Janeiro. A mudança foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após laudos médicos confirmarem grave deterioração da saúde do parlamentar, que apresenta risco de morte súbita. Brazão, que está preso preventivamente desde março de 2024, teve tornozeleira eletrônica instalada e deverá cumprir diversas restrições, incluindo proibição de entrevistas, uso de redes sociais e contato com outros investigados. Ele e seu irmão Domingos Brazão são réus por homicídio qualificado, acusados de ordenar o assassinato de Marielle em 2018 por motivações ligadas à atuação política da vereadora contra interesses de milicianos.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, o monitoramento eletrônico foi realizado na Unidade Mista de Monitoramento Estadual, localizada na Rua Marechal Rondon, no Bairro Amambaí. Após o procedimento, às 15h56, Brazão foi encaminhado para um hotel da cidade em um veículo descaracterizado, sob escolta de quatro policiais federais do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e acompanhado por um motorista de sua família.

A transferência foi autorizada na sexta-feira (11) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após a defesa alegar grave deterioração no estado de saúde do parlamentar - condição confirmada por laudos médicos.

Preso preventivamente desde março de 2024, Chiquinho passou a maior parte desse período detido em Mato Grosso do Sul. Durante a prisão, foi hospitalizado ao menos duas vezes para realização de procedimentos cardíacos, como cateterismo e angioplastia.

Relatório médico citado por Moraes aponta que o deputado apresenta alto risco de sofrer mal súbito ou até morte súbita. Segundo a defesa, ele é portador de diabetes, hipertensão, insuficiência renal e outras doenças crônicas que agravam seu quadro clínico.

Apesar da mudança para o regime domiciliar, o ministro do STF impôs uma série de restrições. Chiquinho Brazão está proibido de conceder entrevistas, utilizar redes sociais, receber visitas ou manter contato com outros investigados no processo. O uso da tornozeleira eletrônica será obrigatório durante todo o cumprimento da medida.

Acusado de mandar matar vereadora põe tornozeleira eletrônica para deixar MS
Brazão durante sessão à distância na Câmara dos Deputados (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Além de Chiquinho, o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, também está preso. Ambos são réus no STF por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o assassinato de Marielle Franco, em março de 2018, teria sido motivado por sua atuação política e a do PSOL contra interesses de milicianos na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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