Após confusão, público defende feira cultural e diz que evento valoriza o bairro
Frequentadores destacam ambiente familiar, apoio a pequenos negócios e convivência
No dia seguinte à interrupção da Feira Mixturô por reclamação de som alto, o clima na Praça do Peixe, no Bairro Vilas Boas, foi de resistência e apoio ao evento. Neste domingo (14), frequentadores, expositores e moradores ouvidos pela reportagem avaliaram a feira como um espaço de convivência familiar, incentivo à economia local e valorização da região.
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A Feira Mixturô, realizada na Praça do Peixe, no Bairro Vilas Boas, em Campo Grande, recebeu apoio de frequentadores e moradores após ter sido interrompida por reclamações de som alto. O evento, que acontece há mais de três anos no segundo sábado de cada mês, reúne artesanato, gastronomia e atrações culturais. Segundo a organizadora Carina Bertoni, a feira nunca havia enfrentado problemas similares e conta com o apoio da maioria dos moradores. Os frequentadores destacam a importância do evento para a economia local, valorização do bairro e como espaço de convivência familiar, sendo uma das poucas opções culturais da cidade.
A feira acontece há mais de 3 anos, sempre no segundo sábado do mês, e reúne artesanato, gastronomia e atrações culturais. Mesmo após o episódio da noite anterior, quando o gerador foi desligado durante fiscalização, a programação deste domingo foi mantida.
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Carina Bertoni, organizadora do evento, explicou que a realização da feira neste domingo já estava prevista, independentemente do ocorrido no sábado. Segundo ela, o momento é importante para os expositores, especialmente neste período de Natal.
“Essa feira já estava programada. Agora, com o Natal, a intenção é ajudar os expositores a vender mais. Para muitos, isso representa uma renda importante, quase como um 13º”, afirmou.
Carina também disse que, ao longo dos 3 anos de realização, nunca houve problemas semelhantes. “Nunca tivemos ocorrência desse tipo. Pelo contrário, a maioria dos moradores sempre foi parceira da feira”, relatou.
Moradora da região, Janaína Silva, de 36 anos, frequenta a feira com a família e afirma que o evento trouxe movimento positivo para o bairro. “A feira enriqueceu a região. É um ambiente tranquilo, familiar, as crianças adoram. Nunca incomodou”, disse.
A amiga Alice Bin, de 38 anos, que também mora próxima à praça, concorda. “Sempre que tem feira, a gente aproveita. Ontem foi uma surpresa saber que tinha fechado mais cedo por causa de reclamação”, contou.
Para Rosiane Shirley, de 44 anos, empresária que mora há 13 anos em Campo Grande, a feira é uma das poucas opções culturais da cidade. “Campo Grande já não tem muita atração. Quando aparece algo diferente, alguém reclama. A feira é uma coisa boa, que precisa ser aproveitada”, avaliou.
Ela contou que soube do episódio do sábado pelas redes sociais e ficou surpresa ao saber que o motivo teria sido o som. “É algo que não faz sentido. A feira traz movimento e vida para o bairro,” disse.
Também moradora da região, Gisleide Gomes, de 58 anos, visitou a feira pela primeira vez neste domingo, acompanhada do neto. Ela afirmou que se surpreendeu com a diversidade dos produtos. “Achei muita coisa diferente. A feira traz para perto coisas que a gente nem sabe que existem”, comentou.
Para ela, iniciativas como essa facilitam o acesso a novidades e fortalecem o bairro. “Tudo que aproxima cultura e pequenos empreendedores enriquece a região. Pelo horário que acontece, não vejo como algo tão incômodo”, avaliou.
Entre os expositores, a percepção é de que a feira é uma oportunidade concreta de trabalho. A empresária Letícia Dantas, que atua há 4 meses no evento, afirma que o espaço foi fundamental para tirar um projeto do papel. “As feiras são uma porta de entrada para quem quer empreender. Aqui a gente ganha visibilidade. Tem gente que começa na feira e depois abre o próprio espaço”, afirmou.
Ela acredita que iniciativas culturais acabam enfrentando resistência em diferentes pontos da cidade. “Sempre vai incomodar alguém. Mas a feira gera emprego, renda e ocupa a praça de forma organizada”, termina.
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