Ao abrir ano da Escola Judicial, presidente do TJ prega fala simples à população

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Sérgio Martins, defendeu a necessidade de uma comunicação mais clara, longe do "juridiquês" que afasta a população das questões do Judiciário. Durante a abertura do ano letivo da Escola Judicial, nesta sexta-feira (2), ele reforçou que não é fácil chegar a essa comunicação clara e direta, mas convocou todos a ajudar, especialmente a EJUD/MS.

"Nesses desafios, enxergo a presença ativa da Escola Judicial de MS nos guiando, instruindo, formando e, acima de tudo, estimulando o debate e a reflexão madura que a realidade nos convida diariamente a vivenciar e sobre ela interferir."

A Escola foi criada para formação contínua de magistrados e servidores do Poder Judiciário. É responsável pelo treinamento, a capacitação, o aperfeiçoamento e a especialização permanente. Por isso, o avanço deve começar pela instituição, avaliou o desembargador, principalmente, em tempos que a linguagem digital facilita a comunicação. "A tecnologia da informação rompeu as fronteiras e barreiras entre as pessoas e nações".

Sérgio Martins disse saber da importância de ser técnico e imparcial, mas pareceu preocupado com o isolamento do Judiciário, que tem dificuldade de atingir camadas mais populosas. "É preciso não só estar aberto para o mundo, mas captar o sentimento e as demandas de uma comunidade cada dia mais global e multiforme, seja no âmbito estadual, seja no local, em cada Comarca".

E na análise do desembargador, o ano letivo da Ejud começou no rumo certo, com palestras sobre assuntos como demandas repetitivas, desapropriação de bens imóveis gravados com usufruto.

"Ao abrir o ano letivo de 2024 abordando temas transversais no Direito, a Ejud-MS sinaliza que tem a percepção correta e está pronta para o desafio de fornecer o aprendizado que ilumina os caminhos que haveremos de percorrer."

Além da abertura oficial dos trabalhos, durante o evento o TJ também assinou convênio entre a Ejud-MS e a Escola de Magistrados da Justiça Federal da Terceira Região, que atende São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O acordo de cooperação técnica também tem a parceria da Defensoria Pública e vai garantir a ampliação de Pontos de Inclusão Digital, de 10 para 21, como forma de atender cidades que não têm prédios do fórum.

Esses "PIDs' são salas com estturuta para fases processuais como depoimento de partes, de testemunhas e de outros colaboradores da justiça por meio de videoconferência. Também ocorrem atendimentos via Balcão Virtual, para assistências remotas à população.

"Essa iniciativa de avançar e melhorar a prestação jurisdicional além da capital é impactante também para a Defensoria Pública, cuja atual gestão iniciou muito próxima à nossa. É essencial para nós estarmos realmente em todos os municípios. E fico feliz também de nos unirmos ao TRE e TRT para entregarmos um serviço de qualidade”,  disse Sérgio Fernandes Martins.

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