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Cidades

Cezário passa bem após cateterismo e é observado em UTI

Principal alvo da Operação Cartão Vermelho, homem que comandava futebol em MS foi da prisão a hospital

Por Anahi Zurutuza | 06/06/2024 18:45
Francisco Cezário de Oliveira em entrevista à CBF TV (Foto: Reprodução)
Francisco Cezário de Oliveira em entrevista à CBF TV (Foto: Reprodução)

O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, está se recuperando de procedimento no coração em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital da Cassems. Apesar do susto, o dirigente passa bem e deve ter alta médica para passar o fim de semana em casa, conforme apurou o Campo Grande News.

Principal alvo da Operação Cartão Vermelho, que apurou desvios milionários da verba do futebol, Cezário estava preso desde o dia 21 de maio e foi levado às pressas, nesta quarta-feira (5), para o hospital após sentir fortes dores no peito. Ele passou por cateterismo nesta manhã.

O procedimento consiste na introdução um tubo flexível extremamente fino e longo, na artéria do braço ou da perna do indivíduo, que será conduzido até o coração, desobstruindo artérias e removendo placas de gorduras no sangue.

O “dono da bola” por 33 anos em Mato Grosso do Sul precisou ser socorrido no mesmo dia que perdeu a irmã, Maria Rosa Cezário. Ela tinha 81 anos, estava acamada após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e apresentava quadro de pneumonia.

O dirigente havia recebido outra notícia ruim esta semana, quando teve o segundo pedido de liberdade negado pela Justiça. A Justiça reconsiderou nesta quinta-feira (6) pedido de habeas corpus feito pela defesa do cartola, que estava no sétimo mandato à frente da entidade que lidera o futebol de MS.

A desembargadora Elizabete Anache, do TJMS (Tribunal de Justiça), determinou a substituição da preventiva por medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, proibição de contato com acusados e testemunhas, proibição de ausência da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juiz, proibição de mudança de endereço sem a prévia comunicação, proibição de comparecer à sede da FFMS e suspensão de qualquer função na entidade.

“Logo, já encerrados os trabalhos investigativos e o oferecimento de denúncia, não vislumbro, até aqui, qualquer prejuízo ao regular desenvolvimento do feito, mesmo porque não há notícia do emprego de violência ou grave ameaça na prática dos delitos imputados ao paciente”, aponta Elizabete. A decisão ainda destaca o princípio da dignidade humana.

O presidente afastado da Federação de Futebol é acusado de liderar organização criminosa, peculato (desvio de dinheiro ou bem público), furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) encerrou a investigação e ofereceu denúncia contra Cezário e outras 11 pessoas apontadas como integrantes de esquema liderado por ele. Os valores desviados superam os R$ 6 milhões.

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