Com votação aberta no STF, suspensão do piso da enfermagem tem placar de 5 a 1
Enfermeiros fecharam a Avenida Afonso Pena em protesto na última 6ª feira
Com votação aberta no plenário virtual do STF (Supremo Tribunal Federal) até dia 16, seis dos 11 ministros já se posicionaram sobre a suspensão do piso salarial da enfermagem até a manhã deste domingo (dia 11). O placar, por enquanto, é de cinco ministros a favor de manter o piso suspenso, enquanto o ministro André Mendonça abriu divergência, votando contra a liminar.
No último dia 4, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu o piso salarial nacional de enfermagem e deu prazo de 60 dias para que entidades públicas e privadas apontem o impacto financeiro, os riscos de demissões e eventual queda de qualidade na prestação do serviço. Na sequência, foi aberta a votação para o plenário.
Por enquanto, os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Camen Lúcia acompanharam Barroso. Voto divergente, Mendonça lembrou que a Suprema Corte já reconheceu a constitucionalidade do piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação e não houve suspensão da eficácia da lei que disciplinou o piso salarial dos agentes comunitários.
A lei que criou o piso salarial de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovado em 4 de maio pela Câmara dos Deputados, após passar pelo Senado. O valor estabelecido foi de R$ 4.750 para enfermeiros do setor público ou privado. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras tem direito a 50%,.
Na tarde de sexta-feira (dia 09), enfermeiros fecharam a Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, contra a suspensão do piso salarial.