Conselho proíbe o uso de anestesia geral e sedação para realização de tatuagens
Conforme a resolução, fica vedado o emprego de anestésicos locais, seja qual for o tamanho
O CFM (Conselho Federal de Medicina) publicou resolução proibindo anestesia geral, sedação ou bloqueios anestésicos para realização de tatuagens. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.
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Conselho Federal de Medicina proíbe anestesia geral em tatuagens. Resolução publicada no Diário Oficial da União veta sedação e bloqueios anestésicos em procedimentos de qualquer tamanho, exceto para reconstrução médica. A prática, utilizada para reduzir a dor, era comum entre celebridades e influenciadores. A decisão considera os riscos da anestesia geral, semelhantes aos de cirurgias, independentemente do procedimento de tatuagem. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia alerta para a necessidade de acompanhamento médico constante durante a sedação, devido aos efeitos no organismo. Em janeiro, um influenciador morreu após usar anestesia geral para tatuar.
De acordo com a resolução, a proibição vale para procedimentos de todos os tamanhos e em todas as regiões do corpo. A exceção é no caso de tatuagens indicadas por médicos para reconstrução de partes do corpo.
Os estúdios de tatuagem oferecem a anestesia ou sedação endovenosa para clientes que não tenham tolerância à dor. Essa prática era comum entre famosos, como no caso do cantor Igor Kannário, que decidiu "fechar o corpo" em apenas uma sessão, ou o da influenciadora e irmã do jogador Neymar, Rafaella Santos, que tatuou um leão nas costas.
Em janeiro deste ano, o empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, morreu em um hospital particular de Itapema (SC), depois de supostamente ter tomado anestesia geral para fazer uma tatuagem.
Conforme nota da SBA (Sociedade Brasileira de Anestesiologia), divulgada em outubro do ano passado, os riscos para os pacientes são os mesmos de uma cirurgia. "Há fatores relacionados aos procedimentos, como a intensidade e extensão da intervenção, e fatores relacionados às condições físicas do próprio paciente, como a presença de doenças que possam comprometer e até impedir a realização e adiamento de procedimentos eletivos."
O risco não tem a ver com a tatuagem, mas com a anestesia geral, um procedimento delicado e que afeta todo o organismo. O médico precisa ficar ao lado do paciente, acompanhando respiração, ventilação, pressão, batimentos cardíacos, temperatura corporal e outras possíveis alterações.
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