Fazenda em área da União é alvo da PF por queimadas e uso ilegal de terras
Imóvel havia sido alvo de compra e venda fraudulenta, com uso de documentos falsos
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação “Freeloader”, com o objetivo de combater crimes ambientais e a exploração ilegal de terras da União na região do Pantanal sul-mato-grossense. A ação foi coordenada pela Base Quadrante, unidade da PF em Corumbá.
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A Polícia Federal deflagrou a Operação "Freeloader" para combater crimes ambientais e exploração ilegal de terras da União no Pantanal sul-mato-grossense. A ação resultou em quatro mandados de busca e apreensão em Corumbá e no Paraná. As investigações revelaram queimadas irregulares em uma fazenda pertencente à União, que havia sido comercializada fraudulentamente. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2 milhões e embargou a propriedade, que mantinha ilegalmente 600 cabeças de gado.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Corumbá, dois no próprio município e outros dois no Paraná.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início após incêndios registrados em 2024 revelarem que uma área de fazenda na região era reiteradamente submetida a queimadas para manejo irregular do solo. O inquérito apontou que o imóvel em questão pertence à União, mas havia sido alvo de compra e venda fraudulenta, com uso de documentos falsos.
A Justiça determinou o bloqueio de cerca de R$ 2 milhões das contas dos investigados — valor correspondente à compra ilegal da propriedade e ao rebanho de cerca de 600 cabeças de gado que ocupa a área de forma irregular. O embargo da fazenda também foi decretado, permitindo o acesso apenas para a manutenção dos animais, ficando proibida qualquer atividade econômica, como ampliação, destruição ou alteração da infraestrutura existente.
O nome da operação, “Freeloader”, significa “aproveitador” em inglês, em referência à conduta dos suspeitos, que teriam se apropriado de terras públicas para explorar economicamente o gado e obter lucro com a comercialização dos animais.
Em nota, a Polícia Federal de Corumbá reafirmou o compromisso com o combate aos crimes ambientais e à grilagem no Pantanal, destacando a importância de ações de prevenção e repressão aos incêndios que atingem o bioma sul-mato-grossense.