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Cidades

Grupo com representantes de MS deve deixar Israel por terra, rumo à Jordânia

Comissão de MS permanece em segurança enquanto governo brasileiro articula retorno dos brasileiros

Por Gustavo Bonotto | 15/06/2025 20:51
Grupo com representantes de MS deve deixar Israel por terra, rumo à Jordânia
Imagens do bombardeio israelense ocorrido na madrugada em Teerã, capital do Irã. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Pelo menos 13 autoridades brasileiras devem ser transferidas de Israel por terra, rumo, a Jordânia na manhã desta segunda-feira (16), segundo informou o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel. A operação ocorre em meio à escalada dos ataques do Irã contra Israel e diante das dificuldades nas relações diplomáticas entre os dois países.

De acordo com o parlamentar, em entrevista a GloboNews, a retirada será feita com escolta das Forças de Defesa de Israel, após negociações diretas com a embaixada israelense no Brasil. O Itamaraty e a própria embaixada, no entanto, não confirmaram oficialmente a operação até este domingo (15).

Na televisão, Viana não informou quem são os integrantes do grupo, mas reforçou que essa seria a primeira etapa da retirada de brasileiros que participavam de uma missão oficial na região. No total, 41 autoridades brasileiras estão em solo israelense, entre secretários, prefeitos, vice-prefeitos e representantes de estados e municípios.

Entre os que aguardam uma saída da zona de conflito estão três integrantes do governo de Mato Grosso do Sul: Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação; Christinne Maymone, secretária-adjunta de Saúde; e Marcos Espíndola, coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde.

Mais cedo, Ricardo publicou mensagem para tranquilizar amigos e familiares nas redes sociais. “Nós estamos discutindo com as embaixadas de Israel e do Brasil as possibilidades de sair do país, seja por via aérea ou terrestre. Essas alternativas estão sendo avaliadas, e os nossos governos estão em diálogo. [...] O mais importante, e o critério principal, é que todos saiamos em total segurança”, afirmou. No entanto, não é possível a retirada por avião.

Ainda sobre a questão da segurança, ele reforçou que a comitiva do governo estadual segue bem e segura no hotel. “Os ataques se intensificaram, mas reforço que continuamos bem e em segurança. Esta é uma área segura. O hotel conta com vários abrigos, os alarmes são disparados com antecedência, e conseguimos nos proteger durante os ataques”, disse.

A expectativa é que o grupo atravesse a fronteira por terra, com apoio do governo da Jordânia, que já garantiu segurança na recepção, caso a operação avance. A informação foi confirmada pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O impasse para a retirada ganhou força após uma nota divulgada no sábado (14) pelo Grupo Parlamentar Brasil-Israel, que criticou duramente a posição do governo brasileiro em relação ao conflito no Oriente Médio. O texto acusa o governo federal de prejudicar as negociações para repatriar os brasileiros, ao adotar postura de distanciamento de Israel.

Vale lembrar que, na sexta-feira (13), a Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD), também atuou no levantamento dos brasileiros na região e pediu apoio da FAB (Força Aérea Brasileira) para uma eventual repatriação.

Em nota, a FAB informou que está “de prontidão” para realizar o resgate das autoridades brasileiras que estão em Israel. Ao UOL, a Aeronáutica confirmou que a operação está organizada, mas ressaltou que depende de fatores externos para ser executada.

Entenda o caso - Este é o terceiro dia em que o secretariado do governo estadual se vê em meio aos ataques do Irã contra o território israelense. A comitiva está no país desde o dia 7 deste mês, participando de uma missão oficial que integra as ações do Consórcio Brasil Central, com apoio da Embaixada de Israel no Brasil.

A viagem, prevista entre os dias 7 e 14 de junho, foi organizada com o objetivo de fortalecer a cooperação internacional e promover a troca de experiências em áreas estratégicas para o desenvolvimento dos estados do Brasil Central.

Além dos representantes de Mato Grosso do Sul, outras autoridades brasileiras, como prefeitos e vice-prefeitos de diversos estados, também estão em Israel.

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