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Cidades

Integrantes de bando que fez “arrastão” em aeroclube estão em banco de digitais

Impressões dos dedos encontradas casa usada como base da quadrilha e locou do roubo ajudaram na identificação

Anahi Zurutuza | 06/09/2021 18:39
Casa onde criminosos estavam "hospedados" foi deixada bastante bagunçada (Foto: O Pantaneiro/Reprodução)
Casa onde criminosos estavam "hospedados" foi deixada bastante bagunçada (Foto: O Pantaneiro/Reprodução)

Já subiu para quatro o número de integrantes da quadrilha responsável por “arrastão” no Aeroclube de Aquidauana identificados. A informação foi dada pela delegada Ana Cláudia Medina, chefe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e responsável pelas investigações, em entrevista ao vivo para o site O Pantaneiro.

Mais cedo, o delegado Jackson Frederico Vale, titular da 1ª DP (Delegacia de Polícia) de Aquidauana – cidade a 135 km de Campo Grande – havia falado em três identificações.

Delegada Ana Cláudia Medina em entrevista ao vivo (Foto: O Pantaneiro/Reprodução)
Delegada Ana Cláudia Medina em entrevista ao vivo (Foto: O Pantaneiro/Reprodução)

A delegada explicou marcas de digitais encontradas casa usada como base da organização criminosa em Anastácio e no local do roubo de três aeronaves bateram com as impressões cadastradas em banco da Polícia Civil – ou seja, são reincidentes. “Já temos digitais que já foram confirmadas tanto aqui quando no local dos fatos. São pelo menos 4 identificações e 8 pessoa colocadas na cena criminosa”, detalhou.

Ainda de acordo com Ana Cláudia Medina, o líder do bando é foragido do sistema penitenciário estadual, criminoso considerado perigoso e tem passagens por crimes semelhantes.

A casa usada pela quadrilha fica na Rua Murilo Benício Mendes, na região central de Anastácio. Segundo o Rhobson Lima, na transmissão ao vivo do portal O Pantaneiro, a rua é conhecida, por dar acesso ao Rio Aquidauana.

A residência foi deixada bem bagunçada pelos criminosos. Roupas e sapatos estavam espalhados pelo chão, havia louça suja na cozinha. Em cima da pia, várias latas de cerveja e no balcão, uma garrafa de água para tereré.

Além do líder, a mulher dele e o dono do imóvel fizeram parte do plano de roubo das aeronaves, segundo apurado pela polícia.

Casa usada como base para quadrilha fica na região central de Anastácio (Foto: O Pantaneiro/Reprodução)
Casa usada como base para quadrilha fica na região central de Anastácio (Foto: O Pantaneiro/Reprodução)

A delegada destacou que em menos de 12 horas após o crime, a base da organização criminosa foi localizadas e do local, após a perícia, serão levados pertences dos criminosos considerados relevantes para a investigação, além de material usado na ação, que também foi deixado para trás.

Por fim, Ana Cláudia Medina afirma que a investigação já sabe do paradeiro dos aviões, fora do Brasil, mas disse que a informação, por enquanto, será mantida em sigilo.

Aeronave estacionada em Aeroclube de Aquidauana (Foto: Divulgação)
Aeronave estacionada em Aeroclube de Aquidauana (Foto: Divulgação)

O roubo – Os ladrões agiram em bando. Conforme apurado pelo Campo Grande News, 18 homens invadiram o aeroclube, na madrugada desta segunda-feira (6), e embarcaram nas aeronaves com vários pacotes. Não foi possível especificar o que havia nos volumes.

A tentativa foi de levar cinco aeronaves, mas só foi possível decolar com três delas. Os bandidos abasteceram os aviões e partiram mesmo com a pista sem iluminação. Para isso, o caseiro do aeroclube local e dois filhos foram amarrados. Os aviões levados foram uma Bonanza, modelo V35B, e duas Cessna, modelo 182.

A Bonanza opera sobre o prefixo PT-ING e está em nome de Zelito Alves Ribeiro e de Joel Sanches Jacques. Zelito é irmão do atual prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro (PSDB), e primo do deputado estadual Felipe Orro (PSDB).

Já um dos aviões Cessna pertence a Liliane Paschoaletto Trindade, esposa do ex-prefeito de Aquidauana, José Henrique Trindade - que é irmão do atual chefe do Detran-MS, Rudel Trindade. A aeronave tem o prefixo PT-KDI.

Por fim, a segunda Cessna opera com a matrícula PT-DST e pertence ao cantor, ator e pecuarista Almir Sater. Diferente dos outros três aviões, a permissão de voo dessa aeronave está suspenso.

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