Ministério Público denuncia 29 agentes por fuga em massa do PCC
Em janeiro de 2020, o grupo fugiu por um túnel, que levava à lateral do presídio
O Ministério Público do Paraguai denunciou 29 agentes do presídio de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, por facilitação na fuga em massa de presos da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em janeiro de 2020, o grupo fugiu por um túnel, que levava do pavilhão ao terreno baldio na lateral do presídio.
De acordo com o UOL, os promotores Federico Delfino, Irene Álvarez e Juan Olmedo afirmam na denúncia que os carcereiros ajudaram na liberação, prejudicaram a perseguição policial e se associaram aos detentos para ajudar na fuga. À época, o UOL divulgou que o custo da fuga em massa foi de 1,5 milhão de dólares.
Neste mês de março, a polícia frustrou pela quinta vez plano de fuga no presídio, desde a saída em massa. No último dia 4, até explosivos seriam usados. O plano foi atribuído ao PCC.
Na cidade paraguaia já foram presos, recentemente, dois homens apontados como líderes da facção: Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”, e Weslley Neres Dos Santos, conhecido como “Bebezão”.
Localizado na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, Pedro Juan Caballero, município que carrega no nome a homenagem a um dos heróis da independência paraguaia, é marcado pela cobiça das facções criminosas. Lá é ponto logístico para distribuir cocaína (cultivada na Bolívia, Peru e Colômbia) e maconha (com densas lavouras em solo paraguaio).
Vizinha a Ponta Porã, a cidade tem orçamento de R$ 34,5 milhões, 130 mil habitantes e comércio como principal empregador.