MS articula órgãos para agilizar atendimento a casos de metanol
Reunião da SES definiu fluxos e protocolos laboratoriais para resposta rápida à intoxicação
Governo do Estado promoveu, nesta sexta-feira (3), encontro entre órgãos estaduais na SES (Secretaria de Saúde) para alinhar estratégias de enfrentamento a casos suspeitos de intoxicação por metanol. A reunião acontece após Campo Grande registrar a primeira morte pelo consumo de destilados adulterados.
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Na pauta, foram discutidas medidas de fiscalização, fortalecimento do fluxo de atendimento aos pacientes e procedimentos de coleta e análise laboratorial das amostras. A integração entre os órgãos busca garantir maior agilidade na identificação das ocorrências e na adoção de providências para proteger a população.
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Segundo a secretária adjunta da SES, Crhistinne Maymone, a articulação interinstitucional é fundamental para ampliar a resposta do Estado em situações de risco à saúde pública, garantindo que as unidades de atendimento estejam preparadas para seguir protocolos emergenciais e que os órgãos de fiscalização atuem de forma coordenada.
“A articulação interinstitucional fortalece a capacidade de resposta do Estado, garantindo que os protocolos de emergência sejam cumpridos pelas unidades de saúde e que os órgãos de fiscalização atuem de forma coordenada em prol da segurança da população”, afirmou Maymone.
Participaram representantes da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Procon (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
Intoxicação - Mais cedo, um rapaz de 21 anos foi a primeira vítima da intoxicação por metanol em Mato Grosso do Sul. Ele chegou ontem à UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) Universitário, consciente, reclamando de mal-estar gástrico, náuseas e vomitando líquido escuro. Amostras de sangue e urina foram coletadas para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
O metanol é um álcool amplamente usado na indústria, principalmente na produção de combustíveis e solventes, mas não tem qualquer uso seguro para consumo humano. Diferente do etanol, presente em cerveja, vinho e destilados, ele é altamente tóxico.
Por não apresentar cheiro, cor ou sabor, o metanol pode ser adicionado de forma clandestina a bebidas sem levantar suspeitas. Uma vez ingerida, a substância é convertida pelo fígado em compostos nocivos, como o ácido fórmico, que atacam diretamente o organismo.
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