Idosa espera há um mês por cirurgia no coração por falta de stent
Família busca na Justiça solução para liberação de materiais e enfrenta entraves no hospital
Há um mês internada na Santa Casa de Campo Grande, Severina Machado, de 71 anos, aguarda uma cirurgia cardiovascular de emergência. A dona de casa precisa do procedimento devido a um aneurisma da aorta, que exige a instalação de uma prótese, segundo o filho da paciente, o empresário Eriwelton Maldonado, de 44 anos.
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Idosa de 71 anos aguarda há um mês na Santa Casa de Campo Grande por cirurgia cardiovascular de emergência para tratar aneurisma da aorta. O procedimento, que requer prótese e stent, não foi realizado por falta de pagamento ao fornecedor dos materiais. O filho da paciente, Eriwelton Maldonado, recorreu à Defensoria Pública para solicitar sequestro financeiro, mas enfrenta dificuldades para obter a documentação necessária no hospital. O aneurisma já atingiu 60 milímetros, apresentando risco de morte caso haja rompimento do vaso.
De acordo com Eriwelton, quando a cirurgia foi solicitada, o hospital encomendou a prótese e o stent, um tubo metálico inserido em vaso sanguíneo para normalizar o fluxo de sangue, de um fornecedor particular. No entanto, os materiais não foram liberados por falta de pagamento.
Diante da gravidade do caso, na segunda-feira (29), Eriwelton procurou a Defensoria Pública. O órgão avaliou a situação e solicitou documentos para pedir um sequestro financeiro que cubra os custos da prótese e do stent. Porém, ele enfrenta dificuldades para obter os papéis exigidos em diversos setores da Santa Casa.
“Eu só quero que minha mãe opere, que faça valer os direitos dela”, comenta o empresário. Segundo ele, a Defensoria informou que o trâmite levaria cerca de uma semana, prazo que se estende devido à demora na liberação do laudo, do prontuário médico, do contrato com o fornecedor e de outros documentos.
O aneurisma da aorta é uma dilatação na maior artéria do corpo, que sai do coração e leva sangue a todo o organismo. A condição pode levar ao rompimento do vaso, muitas vezes com risco de morte. No caso de Severina, a dilatação já ultrapassa 60 milímetros, conforme o filho.
Desde o início da internação, o empresário tem buscado respostas da Santa Casa sobre a liberação da prótese e do stent necessários para a cirurgia. As conversas com o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do hospital, registradas por mensagens de WhatsApp, mostram uma longa troca de solicitações, questionamentos e prazos não cumpridos.
Em diferentes momentos, Eriwelton pede que a devolutiva seja encaminhada por escrito ou pelo próprio aplicativo, mas é informado repetidamente que a resposta depende de “autorização da diretoria responsável” e que o protocolo foi encaminhado aos setores competentes, com prazo de até 48 horas úteis para retorno. Mesmo após fornecer e-mail e tentar facilitar a comunicação, as respostas oficiais não são entregues, e o caso permanece em espera.
A reportagem entrou em contato com a Santa Casa, mas até a publicação não recebeu resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
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