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Morte suspeita por metanol em MS entra em balanço oficial do Ministério da Saúde

Governo Federal contabilizou o caso em Campo Grande como suspeito por intoxicação pela substância

Por Guilherme Correia, de São Paulo | 03/10/2025 18:15
Morte suspeita por metanol em MS entra em balanço oficial do Ministério da Saúde
Matheus Santana Falcão, 1h30 antes de morrer, durante atendimento (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (3) que a morte suspeita por intoxicação de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, em Campo Grande, foi incluída no balanço nacional de casos relacionados ao consumo de metanol. Em todo o País, já são 113 notificações, sendo 11 confirmadas e 102 em investigação.

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O Ministério da Saúde confirmou 113 casos de intoxicação por metanol no Brasil, sendo 11 confirmados e 102 em investigação. São Paulo concentra 101 registros, enquanto outros estados como Pernambuco, Bahia, Distrito Federal, Paraná e Mato Grosso do Sul também reportaram ocorrências. Das 12 mortes relacionadas à intoxicação, apenas uma foi confirmada em São Paulo. Para combater o surto, o governo adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico e busca mais 5 mil tratamentos, além de acionar agências internacionais para obter fomepizol, outro antídoto eficaz contra o envenenamento.

De acordo com a pasta, São Paulo concentra mais de 90% das notificações, com 101 registros (11 confirmados e 90 em análise). Pernambuco aparece com seis casos suspeitos, seguido por Bahia e Distrito Federal, com dois cada. Paraná e Mato Grosso do Sul notificaram, até agora, um caso em investigação cada.

O levantamento aponta ainda 12 mortes relacionadas à intoxicação por metanol. Uma foi confirmada em São Paulo, enquanto outras 11 seguem sob análise — oito no próprio estado, uma em Pernambuco, uma na Bahia e uma em Mato Grosso do Sul.

Morte suspeita por metanol em MS entra em balanço oficial do Ministério da Saúde
Tabela divulgada pelo Ministério da Saúde já trata caso em MS como suspeito. (Foto: Divulgação)

Para reforçar a resposta ao surto, o Ministério da Saúde informou que adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento desse tipo de intoxicação, e já providencia a compra de mais 5 mil tratamentos.

Também foram acionadas agências reguladoras internacionais e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) para a obtenção de unidades de fomepizol, outro medicamento eficaz contra o envenenamento por metanol, mas de difícil acesso no mercado global.

O ministério orientou estados e municípios a notificarem imediatamente qualquer caso suspeito. Além disso, foi instalada uma Sala de Situação nacional para monitoramento das ocorrências, que permanecerá ativa enquanto houver risco sanitário.

Caso em MS —  Matheus Santana morreu em Campo Grande após apresentar sintomas graves de intoxicação, possivelmente por metanol, tornando-se o primeiro caso suspeito registrado em Mato Grosso do Sul.

Ele deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário consciente, relatando náuseas, vômitos e mal-estar gástrico, mas seu quadro se agravou rapidamente, culminando em parada cardiorrespiratória e óbito cerca de 1h30 após a chegada à unidade.

Amostras de sangue e urina foram coletadas e encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central) para análise toxicológica.

A investigação inclui a recolha de frascos de bebidas alcoólicas na residência da vítima e em estabelecimentos do Jardim Nashville, conduzida pela Polícia Civil, Procon e Vigilância Sanitária.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que segue protocolos de rotina e que até o momento não foram detectadas substâncias adulteradas em bebidas comercializadas na cidade.