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Interior

Saúde alerta sobre riscos e espera medicamento que reduz efeito do metanol

Diretora da Funsaud informou que doses de etanol farmacêutico são esperadas na rede municipal

Por Helio de Freitas, de Dourados | 03/10/2025 14:49
Saúde alerta sobre riscos e espera medicamento que reduz efeito do metanol
Órgãos de saúde orientam população a tomar cuidado na hora de comprar bebida (Foto: Leandro Holsbach)

A Secretaria Municipal de Saúde emitiu alerta à população de Dourados para que redobre os cuidados ao escolher bebidas, diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol no Brasil.

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A Secretaria Municipal de Saúde de Dourados emitiu alerta sobre os riscos de intoxicação por metanol, após o aumento de casos no Brasil. O país registrou 59 notificações, sendo 53 em São Paulo, cinco em Pernambuco e uma no Distrito Federal, com 11 casos confirmados em laboratório.Mato Grosso do Sul registrou seu primeiro caso suspeito na capital, Campo Grande, onde um jovem de 21 anos faleceu após consumir cachaça. O governo federal anunciou a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para tratamento das vítimas. As autoridades recomendam a compra apenas de bebidas de marcas conhecidas, com rótulo e lacre originais.

Em nota oficial, o gerente do Núcleo de Vigilância Sanitária e Ambiental do município, Diego Mesquita, reforça que a atenção preventiva é essencial para evitar riscos graves à saúde. Maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, Dourados tem 264 mil habitantes e até agora não possui nenhum caso suspeito de intoxicação pela substância.

Entretanto, segundo o Ministério da Saúde, até esta quinta-feira (2), o país somou 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol, sendo 53 em São Paulo, cinco em Pernambuco e uma no Distrito Federal. Em 11 casos, exames laboratoriais confirmaram a presença da substância.

Mato Grosso do Sul passou a ter o primeiro caso suspeito nesta sexta-feira (3), de um jovem de 21 anos, morador de Campo Grande. Ontem, ele procurou a UPA Universitário reclamando de mal-estar gástrico, náuseas e vomitando líquido escuro.

No final do dia, o jovem teve crise convulsiva seguida por parada cardíaca e morreu. Amostras de sangue e urina foram coletadas para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). De acordo com a família, o rapaz havia consumido cachaça conhecida como “corotinho”.

Conforme a Vigilância Sanitária de Dourados, o metanol é um álcool de uso industrial presente em solventes e outros produtos químicos, mas é extremamente perigoso quando ingerido.

Mesmo em pequenas quantidades, pode provocar cegueira, insuficiência pulmonar e renal, além de levar ao coma ou à morte. No organismo, o fígado transforma a substância em compostos altamente tóxicos que atacam o sistema nervoso e o nervo óptico.

De acordo com a saúde pública local, o tratamento envolve uso de etanol farmacêutico, que impede a conversão do metanol em ácido fórmico (substância que causa as complicações).

Nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o governo federal comprará, em caráter emergencial, 150 mil ampolas de etanol farmacêutico que serão destinadas a estados e municípios para reforçar o tratamento das vítimas.

A diretora-presidente da Funsaud (Fundação de Serviços da Saúde), Maria Izabel de Aguiar, disse que a rede municipal vai receber o medicamento via governo do estado. A Funsaud é responsável pela administração da UPA e Hospital da Vida. Segundo a prefeitura, o HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados) também articula com o Ministério da Saúde para receber antídoto.

A Vigilância Sanitária de Dourados reforçou alerta estadual de que os consumidores devem comprar apenas bebidas de marcas conhecidas, com rótulo e lacre originais, evitar produtos a granel ou de origem duvidosa e desconfiar de preços muito abaixo do praticado no mercado.

Os comerciantes foram orientados a adquirir apenas de fornecedores legalizados, manter notas fiscais para garantir a rastreabilidade, suspender imediatamente a venda de itens suspeitos e preservar garrafas e embalagens em caso de denúncia.

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