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Cidades

MS vacinou apenas 46% da meta de crianças contra o sarampo até agora

Tríplice viral imuniza contra doença que pode deixar sequelas e até levar à morte

Caroline Maldonado | 20/07/2022 08:25
Criança recebendo dose de vacina em unidade de saúde da Capital (Foto: Divulgação/PMCG)
Criança recebendo dose de vacina em unidade de saúde da Capital (Foto: Divulgação/PMCG)

Doença que pode deixar sequelas ou matar, o sarampo chegou a ser erradicado no Brasil, mas os casos voltaram em 2016 porque os pais acabaram relaxando na vacinação de crianças a partir de um ano de idade. Mato Grosso do Sul está abaixo da meta de vacinação contra o sarampo.

Do início do ano até agora, 89.788 crianças foram vacinadas, o que corresponde a 46,42% de taxa de cobertura vacinal, segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde). A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% das crianças.

Em MS, 263.428 crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) estavam aptas a receberem doses da vacina durante a campanha de vacinação que encerrou em 24 de junho de 2022. Agora, a vacina é de rotina e atende crianças de até um ano e adultos que nunca foram vacinados.

Tríplice viral - Essa é a vacina que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola. O imunizante é aplicado em duas doses, sendo a primeira com um ano de idade e a segunda quando a criança está com 15 meses.

Mães, pais e responsáveis devem levar as crianças à UBS (Unidade Básica de Saúde) para tomar essa e outras vacinas do cartão até o fim do ano.

Na Capital, a cobertura vacinal das diversas doenças foi superior ao esperado no ano passado, chegando a 105,57% da população alvo, mas neste ano apenas 13,5 mil crianças foram vacinadas com as diversas doses previstas no cartão de vacina, conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Como a vacina foi inserida no calendário da criança, não é possível saber quantas crianças foram imunizadas contra o sarampo até o momento. Desta forma, além das doses aplicadas durante a campanha, só será possível saber a cobertura no início de 2023, segundo a Sesau.

Doença - Em Campo Grande, foram notificados dois casos de sarampo, sendo todos eles descartados, neste ano.

Os últimos casos confirmados da doença na Capital foram em 2020, quando foram registrados nove pacientes doentes.

“É importante ressaltar que a baixa cobertura, registrada em anos anteriores, é o principal motivo para o retorno da doença ao território nacional, uma vez que o país já possuía o certificado de Território Livre do Sarampo”, destacou a assessoria da Sesau em nota ao Campo Grande News.

Sintomas - O sarampo causa febre acompanhada de tosse; irritação nos olhos; nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Em três ou cinco dias, podem aparecer também outros sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas.

As manchas se espalham pelo corpo. Se a febre continua o caso pode ser grave, principalmente em crianças menores de 5 anos, conforme o Ministério da Saúde.

Crianças com sarampo podem ter pneumonia; otite média aguda, que é infecção de ouvido e encefalite aguda, que é inflamação do cérebro. De uma a três, a cada mil crianças doentes podem morrer com as complicações do sarampo.

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