Quadrilha que clonou celular do governador Riedel é alvo de buscas
Em maio de 2023, governador de Mato Grosso do Sul foi alvo de crime cibernético que deu início à investigação
A Polícia Civil do Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (3), a operação “Porta 67” que tem como alvos integrantes de quadrilha especializada em golpe da portabilidade telefônica. O grupo começou a ser investigado em maio de 2023, após o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), ter o telefone clonado.
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A Polícia Civil do Mato Grosso deflagrou a operação "Porta 67" contra uma quadrilha especializada em golpes de portabilidade telefônica, que teve como vítima o governador Eduardo Riedel (PSDB). A ação, realizada nesta terça-feira, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. O grupo criminoso, investigado desde maio de 2023, utilizava acessos internos das operadoras e dados pessoais para realizar transferências fraudulentas de linhas telefônicas. No caso do governador, os criminosos usaram credenciais de uma ex-funcionária de loja autorizada para solicitar a portabilidade do número, representando grave risco à segurança digital de autoridades e cidadãos.
Durante a ação de hoje foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A quadrilha fazia uso indevido de acessos internos das operadoras, aquisição e descarte de chips telefônicos, bem como o uso de logins para burlar os mecanismos de segurança das empresas de telefonia.
Os crimes cibernéticos praticados pelos criminosos geraram prejuízos apenas para Riedel, porém, de acordo com a Polícia Civil, o grupo oferecia “grave risco à segurança digital de autoridades públicas e cidadãos em geral”.
Na época do golpe, Riedel perdeu acesso à linha telefônica porque o número foi transferido – através de portabilidade – para outra operadora. A quadrilha fez o uso de dados pessoais do governador e durante a investigação ficou constatado que os autores estavam em Várzea Grande.
Inicialmente foi instaurado inquérito em Mato Grosso do Sul e depois encaminhado para a Polícia Civil do Mato Grosso que continuou apurando os crimes de tentativa de estelionato e associação criminosa.
Portabilidade – Os criminosos fizeram a solicitação da transferência com a operadora através de ligação. A chamada foi feita de número que estava em nome de ex-funcionária da empresa. A pessoa fez a autenticação com as credenciais de uma vendedora de uma loja autorizada que fica dentro de um shopping em Várzea Grande.
O chip usado para a habilitar a linha havia sido ativado por outra investigada que, junto com um comparsa, realizava compras de grandes quantidades de dispositivos pré-pagos que eram cancelados e reaproveitados com a fraude.
“As diligências realizadas revelam um modo de atuação articulado e tecnicamente estruturado, com uso de ferramentas internas das operadoras e divisão de tarefas entre os envolvidos. O foco na prevenção e repressão a crimes cibernéticos e digitais é essencial diante da crescente sofisticação dessas práticas criminosas”, destacou o delegado titular da DRCI (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos), Guilherme Berto Nascimento Fachinelli.
Em 5 de maio de 2023, a assessoria de imprensa do governador informou que o celular de Riedel havia sido clonado, mas que as medidas necessárias já haviam sido adotadas. No ano anterior, o chefe do Executivo Estadual já havia sido vítima de crimes cibernéticos.

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