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Cidades

Um ano após incêndio, Consórcio abre licitação para alugar usina de asfalto

Contrato prevê 12 meses de operação exclusiva, com capacidade de 100 toneladas por hora de massa asfáltica

Por Jhefferson Gamarra | 27/11/2025 16:25
Um ano após incêndio, Consórcio abre licitação para alugar usina de asfalto
Usina de asfalto que pegou fogo em Campo Grande em 2024 (Foto: Osmar Veiga/Arquivo)

Mais de um ano depois do incêndio que destruiu a usina de asfalto do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região Central de Mato Grosso do Sul (Central/MS), o grupo abriu processo de licitação para contratar uma usina móvel de asfalto, com operação técnica completa, por 12 meses, ao custo estimado de R$ 1.306.183,84. O aviso do Pregão Eletrônico foi publicado no Diogrande nesta quinta-feira (27).

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O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região Central de Mato Grosso do Sul abriu licitação para alugar uma usina móvel de asfalto, um ano após incêndio que destruiu seu equipamento anterior. O contrato, estimado em R$ 1,3 milhão, prevê locação por 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até 10 anos.A nova usina deverá produzir no mínimo 100 toneladas por hora de asfalto, atendendo aos municípios de Campo Grande, Terenos, Jaraguari, Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. O equipamento será instalado no Núcleo Industrial de Campo Grande, mesmo local da usina anterior, que teve prejuízo estimado em R$ 5 milhões após explosão em setembro de 2024.

Segundo o edital, o serviço inclui locação exclusiva do equipamento, manutenção preventiva e corretiva, operação técnica, além da disponibilização de um tanque reservatório com capacidade mínima de 30 mil litros. A usina deverá produzir no mínimo 100 toneladas por hora de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), atendendo exclusivamente aos municípios consorciados: Campo Grande, Terenos, Jaraguari, Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

O valor mensal previsto é de R$ 108.848,65, totalizando R$ 1,3 milhão pelo período de contratação. O prazo poderá ser prorrogado por até 10 anos.

O documento aponta que o local onde funcionava a usina incendiada, no Núcleo Industrial de Campo Grande, já possui a estrutura física necessária para receber o novo equipamento. Eventuais adaptações, se forem necessárias, deverão ser realizadas pela empresa vencedora às próprias expensas e em prazo máximo de 30 dias.

A usina deverá ficar disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, com operação exclusiva ao consórcio. O contrato também exige que o equipamento tenha no máximo três anos de uso e que a empresa locadora garanta atendimento técnico emergencial em até 24 horas.

O Consórcio Central MS será responsável por fornecer insumos, combustível, energia elétrica, água e mão de obra para operar a usina, além da correta dosagem dos agregados para produção do CBUQ. Também caberá ao órgão manter atualizados os licenciamentos ambientais exigidos para a atividade.

Além de atender os serviços de tapa-buraco, demanda crescente na Capital, a contratação busca suprir a produção de massa asfáltica perdida após a explosão que destruiu a usina própria do consórcio em 6 de setembro de 2024, um dia antes de iniciar uma grande produção de massa destinada a Campo Grande.

Na ocasião, o diretor do Consórcio Central, Vanderlei Bispo, afirmou que o equipamento era seminovo e havia passado por revisão completa. A perícia realizada no dia seguinte foi considerada inconclusiva, e o caso segue sob investigação da Polícia Civil.

Na usina destruída haviam sido investidos mais de R$ 5 milhões somente em equipamentos, mas o projeto total previa R$ 24,3 milhões.

A contratação será feita por Pregão Eletrônico, com julgamento por menor preço global referente aos 12 meses de locação. A empresa vencedora deverá ainda apresentar garantia contratual de 5% do valor anual, podendo ser caução, fiança bancária, seguro-garantia ou título de capitalização.