Parceria leva tecnologia social a comunidades indígenas em Dourados
Unidade de Referência do Sisteminha Embrapa mostra como pequenos espaços podem gerar alta produtividade

A Embrapa Agropecuária Oeste e a Faculdade Intercultural Indígena (Faind/UFGD) ampliaram a parceria para fortalecer a produção de alimentos em comunidades indígenas de Dourados.
RESUMO
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A iniciativa inclui a implantação de uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) do Sisteminha Embrapa, tecnologia social que integra criação de peixes, hortaliças e frutas em pequenos espaços.
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O projeto faz parte do Acordo de Cooperação Técnica entre as instituições e tem como foco a segurança alimentar, o baixo custo de implantação e a autonomia produtiva de famílias indígenas.
A tecnologia foi adaptada ao contexto local e agora é utilizada tanto em atividades de pesquisa quanto em ações de formação na Faind.
Produção integrada e de baixo custo
O Sisteminha combina diferentes módulos de produção — como tanque de peixes, hortas, frutíferas e compostagem — que funcionam de forma interligada.
Isso permite aproveitar água, nutrientes e resíduos dentro do próprio sistema, aumentando a produtividade em áreas reduzidas.
A tecnologia é considerada adequada para povos tradicionais por exigir poucos insumos externos, permitir manejo comunitário e oferecer retorno rápido na oferta de alimentos frescos.
Resultados iniciais e expansão
Nas primeiras atividades do projeto, estudantes e representantes de comunidades indígenas participaram de oficinas práticas sobre manejo, compostagem, robótica sustentável aplicada ao sistema, produção de húmus e análise econômica do modelo.
Os dados iniciais mostraram que a integração dos módulos reduz custos e amplia a diversidade de alimentos produzidos, com potencial para fortalecer a autonomia alimentar das aldeias.
A Faind planeja incorporar a tecnologia também em seus cursos voltados para agroecologia, ampliando o alcance da iniciativa e formando futuros gestores comunitários da produção.
Ferramenta que transforma territórios
Relatos apresentados durante o evento mostram que o Sisteminha tem capacidade de mudar a paisagem e a rotina de comunidades rurais e tradicionais.
Experiências semelhantes em outros estados apontam aumento da biodiversidade local, melhora do microclima e mais oferta de alimentos variados ao longo do ano.
Em Dourados, a expectativa é que a URT se torne referência para aldeias próximas e incentive novas adaptações do modelo, respeitando os modos de vida e a organização comunitária indígena.

