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Cidades

Alvo do Gaeco chamou atenção por "casamentão" e suspeita de pirâmide

O enredo teve casamento de R$ 750 mil de um “black diamante”, com direito a show de Bruno e Marrone

Aline dos Santos | 17/04/2018 09:48
Casamento de "black diamante" em dezembro de 2017. (Foto: Regina Aoki)
Casamento de "black diamante" em dezembro de 2017. (Foto: Regina Aoki)

Na rota da operação Lucro Fácil, a empresa MinerWorld, mineradora de bitcoins, a mais famosa das criptomoedas, atraiu holofotes no fim no do ano passado.

O enredo teve casamento de R$ 750 mil de um “black diamante”, com direito a show de Bruno e Marrone, apuração da PF (Polícia Federal) e suspeita de pirâmide denunciada à CVM (Câmara de Valores Imobiliários), que acionou o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

A empresa tem sede na Ciudad Del Este (Paraguai) e unidade em Campo Grande. Após analisar quatro denúncias, a CVM apontou que havia indícios de crime de ação penal pública, no caso, pirâmide financeira.

É citada a Lei 1.521/51, sobre crimes contra a economia popular. A legislação estabelece que é crime “obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos”

A Câmara de Valores Mobiliários concluiu que a MinerWorld aparenta dispor proposta fraudulenta com características de pirâmide financeira.

Como exigência de pagamento inicial; promessa de retorno financeiro extraordinário, no total de até 100% ao ano; oferta de aumento dos ganhos com a indicação de novos afiliados, no valor de 10% por indicação direta na “Rede de Afiliados”; falta de informações sobre riscos envolvidos na atividade; e ausência de maiores informações acerca da própria empresa.

Equipes chegam com material apreendido ao Ministério Público, na Rua da Paz. (Foto: Liniker Ribeiro)
Equipes chegam com material apreendido ao Ministério Público, na Rua da Paz. (Foto: Liniker Ribeiro)

Lucro fácil – Realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta terça-feira (dia 17), a operação cumpre oito mandados de busca e apreensão em Campo Grande e São Paulo. As equipes foram até as empresas MinerWorld, Bit Oferta e Bitpago.

A ação é para combater pirâmide financeira, por meio de fornecimento de supostos serviços de mineração de bitcoins.

A moeda - Mais popular entre as criptomoedas, o bitcoin chegou ao auge em dezembro de 2017. Contudo, a cotação cai a cada movimento dos governos pelo mundo para sua regulamentação.

Para investir em criptomoeda, a pessoa troca o dinheiro real por uma promessa de pagamento. Ou seja, o investidor recebe um código criptografado e a promessa de devolução do valor com a cotação do dia.

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