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Cidades

Após duas derrotas, defesa de Puccinelli tenta habeas corpus no STF

Advogados tentaram liberdade também no TRF3 e no Superior Tribunal de Justiça

Anahi Zurutuza | 31/07/2018 11:04
Sede do STF em Brasília (Foto: Dorivan Marinho/STF/Divulgação)
Sede do STF em Brasília (Foto: Dorivan Marinho/STF/Divulgação)

Depois de dois habeas corpus negados, a defesa do ex-governador André Puccinelli (MDB), André Puccinelli Júnior e do advogado João Paulo Calves tenta a liberdade dos três no STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido foi protocolado às 19h47 (no horário de Brasília) e já teve dois andamentos nesta terça-feira (31).

Preso desde o dia 20 de julho, o ex-governador de Mato Grosso do Sul e ex-prefeito de Campo Grande por duas vezes é o principal alvo da Operação Lama Asfáltica, que investiga suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de obras públicas.
Puccinelli, o filho e o advogado foram presos por força de decisão liminar do juiz Bruno Cezar Teixeira, da 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande.

Os advogados Renê Siufi e André Borges foram primeiro do TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região para tentar a liberdade dos clientes. O pedido liminar de habeas corpus foi negado pelo desembargador Maurício Kato na tarde do dia 24.

O magistrado descartou tese de “constrangimento ilegal” com as prisões e aceitou argumentos de que as prisões são necessárias par continuidade das apurações sobre lavagem de dinheiro de propinas e ocultação de bens a partir do Instituto Ícone –registrado em nome do advogado João Paulo Calves e que investigadores apontam pertencer, de fato, a André Puccinelli Junior, filho do ex-governador.

Já os advogados alegam, além de que não há fato novo para motivar as prisões, que Puccinelli é alvo de perseguição política por ter anunciado a pré-candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul.

Cezar Roberto Bitencourt em entrevista (Foto: Reprodução)
Cezar Roberto Bitencourt em entrevista (Foto: Reprodução)
Puccinelli na viatura do PF (Polícia Federal), quando foi preso na sexta-feira, dia 20 de julho (Foto: Reprodução)
Puccinelli na viatura do PF (Polícia Federal), quando foi preso na sexta-feira, dia 20 de julho (Foto: Reprodução)

No 7º dia da prisão, o Campo Grande News apurou e divulgou que Cezar Bitencourt, doutor em Direito Penal e mais recentemente contratado pelo deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-RS), parlamentar que ficou conhecido por ter sido filmado com mala contendo R$ 500 mil em dinheiro, era o novo representante do ex-governador.

Foi ele quem ingressou com o pedido de liberdade no STJ, também negado, e agora no STF.

O ex-governador e o filho estão na cela 17 do Centro de Triagem Anísio Lima e Calves ocupa a sala de Estado-Maior, no Presídio Militar – ambas as unidades no Complexo Penal de Campo Grande. Júnior abriu mão do direito ao atendimento especial para advogados para ficar com o pai.

Situação política – Após as duas derrotas judiciais, Puccinelli desistiu de se candidatar pelo MDB, partido que está sob o comando dele no Estado. No sábado (28), ele convocou a Simone Tebet para uma visita e pediu que ela o substituísse encabeçando a chapa.

Os emedebistas “batem o martelo” sobre lançar a parlamentar, que também já foi prefeita de Três Lagoas e vice-governador na gestão de André, até amanhã, segundo a própria congressista.

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