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Capital

"Acabei com a minha família e a do morto", diz acusado de tribunal do crime

Crime ocorreu em dezembro de 2018; corpo da vítima foi encontrado na tarde do dia 10 de janeiro de 2019 num córrego

Kerolyn Araújo e Bruna Marques | 10/11/2020 10:51
Jean Albert da Silva Jara Lemes está sendo julgado nesta terça-feira (10). (Foto: Henrique Kawaminami)
Jean Albert da Silva Jara Lemes está sendo julgado nesta terça-feira (10). (Foto: Henrique Kawaminami)


Está sentado nesta terça-feira (10) no banco dos réus da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Jean Albert da Silva Jara Lemes, conhecido como 556. Ele é acusado de degolar e esquartejar Alex Mohd Jabe, 36 anos, morto em dezembro de 2018, no "tribunal do crime".

Em depoimento nesta manhã, Jean assumiu que deu uma facada no pescoço de Alex, mas negou que tivesse arrancado os braços da vítima. Ele teria sido obrigado a matar o rapaz por causa de uma dívida de drogas.

Segundo o réu, no dia 27 de dezembro ele marcou encontro com um traficante identificado como "Magal", para resolver a dívida de cocaína no valor de R$ 1,2 mil.

Quando entrou no carro do traficante, Alex já estava no veículo. Eles foram levados para o cativeiro, na Favela B13, no Jardim Noroeste. No local, Alex foi executado com uma facada no pescoço. Os braços e pernas foram arrancados. "Magal mandou que eu matasse e me deu a faca. Eu disse que não iria matar, mas fui ameaçado", disse.

De acordo com Jean, a ação durou aproximadamente 25 minutos. Depois, o corpo foi desovado no córrego Guariroba, localizado na BR-262, em Campo Grande.

O réu negou que faça parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e reforçou que deu uma única facada no pescoço da vítima. Ele também disse que está arrependido de ter cometido o crime. "Acabei com a minha família e com a família do morto. Arrependimento é o que mais marcou a minha vida", desabafou.


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