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Capital

ACP cita R$ 39 milhões do Fundeb e pede reajuste de 4,17% para os professores

Percentual é relacionado ao que estabelece a lei nacional do piso salarial da categoria.

Izabela Sanchez | 25/04/2019 11:31
Lucílio Nobre, presidente do sindicato dos professores, a ACP (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Lucílio Nobre, presidente do sindicato dos professores, a ACP (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A Prefeitura está às voltas com os 52,20% de receita comprometida com o gasto de pessoal – acima do limite prudencial – e tanto o prefeito Marquinhos Trad (PSD) quanto o secretário de finanças Pedro Pedrossian Neto já frustraram expectativas ao anunciar “reajuste mais baixo”. Para os professores, ainda assim, o debate “deve ser outro”. Eles citam o repasse federal do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e afirmam que “não adianta falar que não tem dinheiro”.

Representados pela ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), parte dos docentes foram até a Prefeitura na manhã desta quinta-feira (25) e só saíram de lá depois de agendarem reunião com representantes do executivo para discutir o reajuste. Eles pedem 4,17% - de acordo com a lei nacional do piso – e a reunião ficou marcada para terça-feira (30) durante a tarde.

“Queremos garantir agenda ainda esse mês, é importante conversar com o representante do executivo e debater com a categoria”, afirma Lucílio Nobre, presidente da ACP. Lucílio também afirma que há um passivo em torno de 17%, referente ao piso de 20h. O presidente disse que o diálogo com a categoria tem que ser outro, pois há repasse mensal de R$ 39 milhões do Fundeb.

“Nós temos o dinheiro do Fundeb e isso paga praticamente 70% da folha. O prefeito tem que investir até 25% na educação, no caso da educação não adianta falar que não tem dinheiro, é verba federal, tem que investir, então o debate se torna diferente”, afirma.

“Mais baixo do que gostaríamos” – Nesta quinta, o secretário de finanças afirma que há queda de receita e aumento de plantões de servidores da saúde em razão da dengue, fórmula que comprometeu a receita do município com o pagamento dos funcionários. Quanto ao reajuste, disse que será “mais baixo do que gostaríamos”.

“Essa é nossa preocupação, a concessão de reajuste será bem mais baixa do que gostaríamos, por conta do limite prudencial”, disse o secretário.

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