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Capital

Ambulantes declaram “guerra dos preços” no Carnaval de rua da Capital

Comerciantes aguardam inÍcio da folia para estipular valores dos produtos

Por Alison Silva e Geniffer Valeriano | 09/02/2024 17:37
Comerciantes credenciados montam barracas de comidas e bebidas na Esplanada Ferroviária (Foto: Alex Machado)
Comerciantes credenciados montam barracas de comidas e bebidas na Esplanada Ferroviária (Foto: Alex Machado)

Antes mesmo do início das vendas, os ambulantes já competem para ver quem leva a melhor no comércio de comidas e bebidas no Carnaval de rua da Capital. Ao todo, 60 ambulantes estão credenciados (40 de alimentos e 20 apenas para bebidas). Todos já estão com as barracas abertas no fim desta sexta-feira, entretanto, ninguém quis declarar antes do início das vendas os valores a serem cobrados dos foliões que passarão pela Esplanada Ferroviária nos próximos dias.

Ao Campo Grande News, eles preferiram ser cautelosos, seja para não perderem lucro ou para não cobrarem caro demais e perderem quem vai curtir nas ruas.

Salgadeira, Eliza Souza, 44 anos, deixou os alimentos de lado e desta vez focou no comércio de bebidas. Junto da prima, Liliane de Almeida, de 58 anos, disse que irá esperar os colegas darem início às vendas, para balizar seus preços.

Salgadeira, Eliza Souza, 44 anos (Foto: Alex Machado)
Salgadeira, Eliza Souza, 44 anos (Foto: Alex Machado)

“Vamos avaliar os nossos concorrentes, até porque esta é a nossa primeira vez participando das festividades do Carnaval de rua. Fizemos a inscrição e foi tudo repentino. Corremos atrás das coisas e estamos confiantes”, alegou a vendedora.

No primeiro dia dos comerciantes, ela decidiu levar poucas bebidas, justamente para “sentir” o nível das vendas. Com ela é possível comprar refrigerante, água, cerveja e destilados.

Ambulante Hannah Medina, 34 anos (Foto: Alex Machado)
Ambulante Hannah Medina, 34 anos (Foto: Alex Machado)

Ambulante há um ano, Hannah Medina, 34 anos, também “escondeu o jogo” quando perguntada sobre os preços a serem cobrados nos dias de festa.  Além de evitar falar sobre os valores, ela questionou a organização do evento, que segundo ela, liberou a montagem das barracas só no início da tarde, ao contrário dos anos anteriores.

“Cheguei por volta das 8h30, mas só liberaram a montagem (das barracas) a partir das 13h”, destacou. Segundo Hannah, a alteração fez com que todo o processo de vendas ficasse prejudicado.

“Agora vamos ter de correr para descarregar todo esse gelo, finalizar a montagem, voltar para casa e tomar um banho rápido para só então começar a vender”, disse a vendedora.

Ela destacou que apesar de não declararem os valores, a determinação da prefeitura é de que o valor mínimo das bebidas seja de R$ 5.

Com uma barraquinha de cachorro-quente self-service, Nadir Franco, 54 anos, e a filha, Marília Gabriela, 30 anos, também evitaram falar dos preços, entretanto, disseram que 15% dos lucros serão doados para uma instituição sem fins lucrativos. Sobre a comida, apenas disseram que o sanduíche terá preço diferenciado.

Nadir Franco, 54 anos, e a filha, Marília Gabriela, 30 anos (Foto: Alex Machado)
Nadir Franco, 54 anos, e a filha, Marília Gabriela, 30 anos (Foto: Alex Machado)

“Quem optar pelo cachorro-quente completo, com milho, purê, queijo, alface, tomate e cebola caramelizada, pagará um valor x, quem quiser retirar algum item, pagará mais barato”, disse Nadir.

Comerciante de fantasias e adereços, Pedro Luciano, de 50 anos, está na região para “salvar a fantasia " dos foliões. Junto da esposa e dos netos de 7 e 9 anos, ele possui uma kombi com tiaras, espumas, confetes, adesivos, saias, glitter e outros itens.

Comerciante de fantasias e adereços, Pedro Luciano, de 50 anos (Foto: Alex Machado)
Comerciante de fantasias e adereços, Pedro Luciano, de 50 anos (Foto: Alex Machado)

“Sempre estou presente nos carnavais, tem muita procura de fantasias de última hora, e o meu “carro-chefe” são as tiaras, porque é um item que alcança todos os públicos e todas as idades”, falou.

Os comerciantes poderão vender: hambúrguer, pastel, cachorro-quente, pizza, espetos, arroz, choripan, batatas, crepe, acarajé, açaí, sorvetes, salgados e doces em geral.

Entre as bebidas, será permitida a comercialização de refrigerantes, sucos, água mineral e de coco, energéticos e isotônicos, batidas, chás, cafés e achocolatados.

Os ambulantes que optarem exclusivamente pela venda de bebidas não poderão comercializar alimentos. Só será permitida a venda de gelo em barras. Todos os ambulantes credenciados estão identificados e as barracas possuem avisos que proíbem venda de bebidas alcoólicas para menores de idade.

O policiamento da região é realizado pela Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. O Corpo de Bombeiros também possui enfermeiros e socorristas na esplanada.

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