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Capital

Ao responder sobre Scooby, Bernal sinaliza que cão poderá ser sacrificado

Nadyenka Castro, Helton Verão e Marta Ferreira | 09/01/2013 17:30
Bernal falou sobre Scooby na posse de guardas municipais. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Bernal falou sobre Scooby na posse de guardas municipais. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Enquanto a ONG (Organização Não-Governamental) Abrigo dos Bichos busca informações sobre o cão Scooby, que foi arrastado, ficou ferido e foi diagnosticado com leishmaniose, em julho do ano passado, em Campo Grande, o atual prefeito Alcides Bernal (PP), sinaliza que o animal pode ser sacrificado.

Ao ser questionado sobre o cachorro, Bernal declarou que gosta muito de animais, mas “entre uma criança e um animal, prefiro a criança”, referindo-se ao fato de que se for diagnosticado leishmaniose em cães, “vai fazer o sacrifício”. A eutanásia de cães com a doença é determinação do Ministério da Saúde.

A veterinária Sibele Cação, que foi tirada da presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária após defender o tratamento do cão, fez hoje um relato da situação clínica do cão, afirmando que não há razão para que ele sofra eutanásia. Segundo ela, Scooby começou a ser cuidado por veterinários no dia 18 de julho do ano passado. Estava com 31 quilos, falta de pelos ao redor dos olhos, ponta das orelhas com lesões e descamação, lesão nos cochins plantares e palmares (patas) já em processo de cicatrização.

No hemograma foi detectado anemia (queda dos glóbulos vermelhos). Também foi verificada a presença da leishmania, confirmando a leishmaniose. De imediato foi colocada a coleira repelente e também a contra carrapatos.

Cachorro ficou com patas machucadas por ser arrastado em moto. (Foto: Minamar Júnior/ Arquivo)
Cachorro ficou com patas machucadas por ser arrastado em moto. (Foto: Minamar Júnior/ Arquivo)

O tratamento do cachorro terminou no dia 17 e ele já pesava 34,5 quilos. Dois dias depois o animal foi entregue ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), com as coleiras

Conforme a ONG, apesar dos exames apontarem a doença, não mostram a existência do bacilo e não há motivos para a eutanásia. “É importante frizar que, sob o ponto de vista técnico-científico, no dia 19/12/12, o Scooby poderia ser diagnosticado como não portador da doença”, fala a Abrigo dos Bichos.

A ONG informa ainda que caso não seja submetido a tratamento adequado, o quadro clínico de Scoobt pode retroceder.

Para obter informações sobre o animal, a Abrigo dos Bichos protocolou ofício na Secretaria Municipal de Saúde. A resposta à solicitação dever sair amanhã.

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