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Capital

Apesar de entulho continuar na Mato Grosso, prefeitura promete investigação

Sisep informou que recolherá os móveis ainda nesta terça-feira; multa varia de $ 3.091,50 a R$12.366

Por Natália Olliver e Antonio Bispo | 12/11/2024 11:19
Móveis descartados em canteiro da Avenida Mato Grosso (Foto: Osmar Veiga)
Móveis descartados em canteiro da Avenida Mato Grosso (Foto: Osmar Veiga)

Um dia após o descarte irregular de móveis e eletrodomésticos em uma das principais avenidas da Capital, os itens continuam no canteiro da Mato Grosso, entre as ruas 13 de Junho e Arthur Jorge. A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que vai recolher o lixo ainda nesta terça-feira (12) e que vai investigar os autores.

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Mesmo com a intensificação da fiscalização e a ameaça de multas e detenção para quem descartar lixo irregularmente, moradores de Campo Grande continuam a praticar o ato, como demonstrado por um caso recente na Avenida Mato Grosso. Móveis e eletrodomésticos foram descartados no canteiro central da avenida, desafiando a nova força-tarefa da prefeitura que visa coibir a prática. A Sisep já confirmou a coleta do lixo e iniciará investigação para identificar os responsáveis pelo descarte irregular.

O caso aconteceu mesmo após a Prefeitura de Campo Grande ter dado um ‘ultimato’ na população e ter começado uma força-tarefa para prender quem joga lixo ou os materiais nas vias públicas. A operação iniciou na manhã dessa segunda-feira (11) sem data de encerramento.

A situação ilustra a ousadia de quem descarta os materiais e coloca em ‘xeque’ a opinião daqueles que acreditam que os entulhos, móveis ou resíduos são descartados apenas nos bairros distantes do centro da cidade.

Ainda na segunda, o Campo Grande News esteve no local e falou com vizinhos, que não quiseram se identificar, porém, informaram que as câmeras não gravaram a ação. Nesta terça, a reportagem voltou ao local e eles acrescentaram que o lixo foi jogado por pessoas que moram em uma kitnet ao lado de uma das floriculturas da região. Apesar do esforço em tentar falar com os inquilinos ou pessoas no terreno, não foi possível contato.

Sisep informou que vai recolher o lixo ainda nesta terça-feira (Foto: Osmar Veiga)
Sisep informou que vai recolher o lixo ainda nesta terça-feira (Foto: Osmar Veiga)

“Eu até falei pra minha amiga, ‘mas é certo eles jogarem aí?”, disse uma das vizinhas. Ela comenta que quis evitar confusão. ”Eles deveriam ter contratado uma caçamba de entulho para descartar esses móveis”, pontua.

Outra vizinha falou que viu os moradores da kitnet arrastando os móveis para o canteiro da avenida nesta segunda de manhã.

A força-tarefa envolve, além da Sisep, o Ministério Público, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), Guarda Municipal e Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista). Agora, quem for flagrado fazendo o descarte irregular de resíduos e materiais será levado para delegacia para abertura de inquérito civil, onde o cidadão responderá por crime ambiental.

Caso o ato seja visto por um auditor fiscal da Semadur, o autor será autuado de forma administrativa. A multa, neste caso, varia entre R$ 3.091,50 e R$12.366,00.

Descarte irregular preocupa secretária de infraestrutura da Capital (Foto: Osmar Veiga)
Descarte irregular preocupa secretária de infraestrutura da Capital (Foto: Osmar Veiga)

Marcelo Miglioli, titular da pasta que encabeça o projeto - Sisep - informou, ainda ontem, que a situação é alarmante e preocupa, visto que são usados de 60 a 80 caminhões para recolher os lixos irregulares na cidade e que a situação está insustentável.

“O que estamos fazendo é uma união de esforços para poder fazer um pouco e fortalecer a fiscalização, porque a quantidade de descarte é anormal. Semana passada convocamos uma reunião com a Decat, pois está sendo insustentável. Temos um custo muito alto, média de 60 a 80 caminhões por dia de lixo. O que gera custo elevado para o município. Estamos tendo esse problema na cidade inteira”.

Conforme a Sisep, a região do Anhanduizinho é a primeira que vai passar pela fiscalização, mas todas as regiões vão receber a visita de fiscais. A ação não tem data para acabar, segundo o secretário.

“O objetivo não é prender ninguém, mas diminuir esse problema. Quem quiser fazer vai fazer sabendo que tem fiscalização. Dentro da reunião colocamos todos os agentes envolvidos, todos entendem que está na hora de dar um basta”.

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