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Capital

Santa Casa recebe doação e aumenta para 33 o número de leitos de UTI

Vanda Escalante e Fabiano Arruda | 12/07/2011 10:54

Setor de Cardiologia também recebe 6 leitos e volta a ter capacidade para realizar transplantes.

Prefeito Nelsinho, o pecuarista Antônio Moraes dos Santos e o deputado Jerson Domingos, na entrega dos novos leitos de UTI. (Fotos: João Garrigó)
Prefeito Nelsinho, o pecuarista Antônio Moraes dos Santos e o deputado Jerson Domingos, na entrega dos novos leitos de UTI. (Fotos: João Garrigó)

Com uma solenidade na manhã desta terça-feira (12), a Santa Casa de Campo Grande marcou a entrega e início de operação de 18 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo seis para o Setor de Cardiologia, um deles destinado à realização de transplante. Com os novos leitos, sobe de 21 para 33 o número de leitos gerais de UTI no maior hospital de Campo Grande.

A ampliação do número de leitos foi viabilizada por meio de uma doação de R$ 2,4 milhões feita pelo pecuarista Antônio Moraes dos Santos. O doador é o mesmo que havia anunciado a doação de R$ 15 milhões para a construção de um novo prédio do Hospital do Câncer Doutor Alfredo Abrão, mas cancelou o projeto, no início deste ano, em razão de uma série de problemas.

Aos 88 anos, Moraes afirma que considera a Saúde uma prioridade. “Em geral os políticos Só veem o óbvio, como as obras de estradas e asfalto, e eu acho que a saúde é que é prioridade. Tudo que eu tenho me foi emprestado por Deus; agora estou devolvendo um pouco, porque quando eu morrer não vou levar nada”, explica.

Transplantes - Há cinco anos, por falta de leitos de UTI, a Santa Casa de Campo Grande não realiza transplantes de coração. Com a entrega hoje do leito destinado a esse fim, a Santa Casa aguarda agora o aval do Ministério da Saúde para retomar os transplantes.

Segundo o diretor de Cardiologia do Hospital, João Jazbik, a proposta é passar a realizar um transplante por mês. Atualmente, de acordo com informações do hospital, a Santa Casa tem hoje 12 pacientes na fila de espera de transplante.

“Estamos esperando esse aval do Ministério para os próximos dias, no máximo na semana que vem, mas se houver necessidade, vamos fazer o transplante mesmo antes, porque agora estamos equipados para isso”, afirmou Jazbik.

HT - A solenidade contou com a presença de autoridades como o prefeito Nelsinho Trad e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB). Depois de visitar as instalações do hospital, incluindo o anexo destinado ao HT (Hospital do Trauma), Nelsinho pediu a Jerson que os deputados se empenhem em destinar emendas parlamentares para viabilizar o HT.

Com inauguração prevista para o final do ano que vem, o HT vai ter 138 leitos. Depois da visita desta manhã, o pecuarista Antonio Moraes dos Santos disse que está disposto a fazer nova doação, desta vez destinando recursos ao HT.

prefeito conduziu visita às instalações em busca de mais recurso para instalação do Hospital do Trauma.
prefeito conduziu visita às instalações em busca de mais recurso para instalação do Hospital do Trauma.

Investimentos - O médico Issam Moussa, um dos gestores da Junta Interventora que há quase um mês administra a Santa Casa, afirmou que ainda enfrenta diversos problemas de gestão e recursos, mas que está “monitorando os problemas para apontar as possíveis soluções”.

Além dos leitos já entregues, a Santa Casa tem hoje mais oito leitos de UTI prontos para funcionar, para atender inclusive a cirurgia cardíaca, dependendo apenas da contratação de pessoal.

Moussa informou ainda que já existe um projeto para elevar para 88 o número de leitos gerais de UTI, com valor total de R$ 44 milhões. De acordo com ele, o projeto está em vias de ser apresentado ao Ministério da Saúde. “Desafogar a Santa Casa é praticamente impossível, porque a população aumenta muito rapidamente, mas temos esse projeto para apresentar”, comentou.

Hemodiálise - A respeito do setor de hemodiálise, interditado desde a semana passada em virtude de um desabamento, o médico Issam Moussa afirmou que as providências estão sendo tomadas. De acordo com o gestor, a responsabilidade é da empresa terceirizada que responde pelo serviço de hemodiálise.

“Todo o problema foi causado por infiltrações e a empresa é a responsável. Eles já receberam o laudo dos bombeiros e do Crea [Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura] e já devem ter as indicações do que é necessário fazer”, explicou Moussa.

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