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Capital

Após recusa, Santa Casa corre atrás de aparelho para romper com NeoRad

Aline dos Santos | 02/07/2013 11:28
Hospital vai receber visita de técnicos do Inca. (Foto: João Garrigó)
Hospital vai receber visita de técnicos do Inca. (Foto: João Garrigó)

De recusado a objeto de desejo. Essa é a crônica da relação entre a Santa Casa de Campo Grande e o acelerador linear, equipamento utilizado na radioterapia, modalidade de tratamento contra o câncer. Em maio do ano passado, o hospital se recusou a participar do plano de expansão do Ministério da Saúde. Agora, é candidato a receber o aparelho.

“Nos candidatamos a receber o equipamento. Técnicos do Instituto Nacional do Câncer virão no começo do mês para discutirmos isso”, afirma o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco. O grupo reassumiu em maio deste ano o comando do hospital, que desde 2005 estava sob intervenção da Prefeitura de Campo Grande e do governo do Estado.

Em 30 de dezembro de 2011, a Santa Casa obteve aval do Ministério da Saúde para ser Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia). O certificado era para oferecer atendimento em radioterapia. No entanto, em 12 de janeiro de 2012 foi anunciado que o serviço seria terceirizado para a NeoRad.

A empresa pertence ao médico Adalberto Abrão Siufi e agora é alvo de investigação da operação Sangue Frio, realizada em março pela PF (Polícia Federal).

O contrato entre a Santa Casa e a clínica particular foi analisado pelo MPE (Ministério Público Estadual). De acordo com a promotora Paula Volpe, os valores estão de acordo com a tabela SUS (Sistema Único de Saúde). No entanto, caso o hospital obtenha o aparelho, a intenção é que logo comece a funcionar, rompendo os contratos terceirizados.

Além da NeoRad, a radioterapia só é oferecida no Hospital do Câncer de Campo Grande, que até março estava sob o comando de Adalberto Siufi. Ou seja, se romper com a clínica, toda a demanda de atendimento será direcionada ao hospital. No ano passado, o HU (Hospital Universitário) se recusou a receber o acelerador linear ofertado pelo Ministério da Saúde.

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