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Capital

Assembleia reúne 300 médicos para votar fim da greve na Capital

Ricardo Campos Jr. e Alan Diógenes | 11/05/2015 19:29
Médicos estão em greve desde semana passada (Foto: Marcos Ermínio)
Médicos estão em greve desde semana passada (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 300 médicos estão reunidos na sede do sindicato da categoria para votar o fim da greve que atinge a rede municipal de saúde. A prefeitura sinalizou que vai remanejar recursos, provavelmente com corte de comissionados, para retomar o pagamento das gratificações interrompidas por conta da crise financeira que afeta a cidade.

Valdir Shigueiro Siroma, presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), explica que os profissionais irão decidir se a medida é suficiente para a retomada dos trabalhos. A interrupção nos adicionais foi o estopim para a paralisação.

O MPE (Ministério Público Estadual) considerou a greve legal. A greve começou na quarta-feira. Conforme Siroma, se a categoria votar pela aceitação da proposta do município, os profissionais podem retomar as atividades já nesta terça-feira.

Custos - O retorno do pagamento do benefício, que custa de R$ 900 mil a R$ 1,2 milhão por mês à Sesau, foi definido em reunião com o MPT (Ministério Público do Trabalho), MPE (Ministério Público Estadual), prefeitura e SindMed/MS (Sindicato dos Médicos), realizada na última sexta-feira.

De acordo com o titular da Sesau, Jamal Salém, a volta das gratificações - que junto com a falta de reajuste foi estopim para greve deflagrada no último dia 6 – seria possível mediante cortes em cargos comissionados e contratados. “Vou ter reunião com o pessoal do RH e financeiro para ver de onde vai tirar. Tira de uma fonte e coloca na outra. Não é dinheiro novo”, afirma.

O acordo de sexta-feira também resultou no aumento do efetivo nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e postos de saúde 24 horas, que atendem urgência e emergência. A escala de médicos trabalhando aumentou de 30% para 50%.

“Foi uma conquista para todos os lados. Acredito que a assembleia vai aprovar a proposta e amanhã a greve acaba de vez”, diz o secretário.

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