Base móvel da Guarda Metropolitana chega à região campeã de furtos da Capital

Na tentativa de coibir casos de violência na região central, a base móvel da GCM (Guarda Civil Metropolitana) ficará, por 30 dias, na calçada da Morada dos Baís, na esquina com a Avenida Afonso Pena, nesta que é a 3ª fase do projeto. O Centro é o campeão de furtos no primeiro semestre de 2025, com 589 registros.

A base móvel da GCM é utilizada regularmente pela Prefeitura de Campo Grande. Em 2024, passou pelas sete regiões da cidade e, este ano, já esteve no Bairro Mata do Jacinto e no Caiobá, por exemplo.

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No Centro, o atendimento será das 7h às 22h, com quatro agentes no local. O trabalho conta com apoio da equipe da Romu (Ronda Ostensiva Municipal), Patrulha Maria da Penha, Patrulha Ambiental e gerência de fiscalização de trânsito.

A prefeita Adriane Lopes (PP) disse que a base móvel no Centro foi um pedido de moradores e comerciantes, atendido neste mês de agosto, quando a cidade completa aniversário. Durante o evento, a prefeita conversou com quem acompanhava a instalação da base, ocasião em que foi sugerida a criação de um grupo de trabalho para fortalecer as ações na região.

O titular da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), Anderson Gonzaga, lembrou que a base móvel da GCM já passou pelas regiões do Prosa e Lagoa este ano, como parte da Operação Campo Grande Mais Segura.

“Vamos ter efetivo reforçado, de 8 a 10 viaturas por dia”, garantiu. Segundo o secretário, a maior demanda da população é para coibir furtos e, por isso, haverá foco no crime de receptação. “Vamos combater principalmente os locais que trabalham de forma ilegal e recebem esses materiais. Com isso, ao atingir a receptação, conseguimos inibir e diminuir os furtos”, explicou.

A chegada da base foi vista como positiva pela jornalista Marinalva Pereira, de 65 anos, que mora na região há cerca de 10 anos. "Olha, a segurança aqui é muito frágil. Não que os policiais não deem conta da situação, mas é que o número de usuários e moradores de rua é muito grande. Então, o policiamento vem, faz a ostensiva e, daqui meia hora, eles [os usuários] retornam."

Marinalva diz que nunca foi assaltada, mas passou por uma situação traumática com a neta. “Fui buscar meu carro ali na frente do estacionamento e me deparei com uma briga. De repente, me colocaram como escudo, eu e minha neta. Um deles, com um facão na mão, correndo”, lembrou, contando que foi salva por um vizinho, que ouviu o que ocorria.

O diretor da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Paulo de Mattos Pinheiro, disse que coibir a violência é uma das demandas dos empresários que trabalham no Centro, discutida de forma recorrente em reuniões com a prefeitura. Ele listou ainda o esvaziamento imobiliário, a falta de estacionamento, a presença ostensiva de pessoas em situação de rua e os problemas no trânsito decorrentes dos corredores de ônibus. “Na última [reunião] conseguimos avançar na questão da segurança, os outros ainda precisamos desenvolver.”

Histórico – O mapa da insegurança em Campo Grande mostra que o Centro é o campeão de furtos no primeiro semestre de 2025.

Os 10 bairros com mais furtos são:

• Centro – 859

• Amambaí – 225

• Aero Rancho – 203

• Universitário – 188

• Jardim Noroeste – 127

• Guanandi – 125

• Tiradentes – 125

• Jardim Tijuca – 106

• Vila Planalto – 95

• Moreninha – 92
  
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