Defesa Civil capacita servidores de MS para enfrentamento à estiagem no Pantanal
Capacitações focaram em temas como mapeamento de áreas vulneráveis e monitoramento meteorológico

Oficinas presenciais promovidas pela Defesa Civil Nacional capacitaram servidores de órgãos públicos em Mato Grosso do Sul para atuação no PNEAP (Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem Amazônica e Pantanal). As atividades voltadas às ações de enfrentamento à estiagem foram concluídas nesta sexta-feira (1º), em Campo Grande.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Servidores de Mato Grosso do Sul concluíram treinamento sobre o Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem Amazônica e Pantanal (PNEAP). A capacitação, promovida pela Defesa Civil Nacional, abordou temas como mapeamento de áreas vulneráveis, monitoramento meteorológico e assistência às populações afetadas. O objetivo é preparar os estados para responder à estiagem de forma eficiente, minimizando os impactos humanitários. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a importância do planejamento para enfrentar a crise. O PNEAP prevê a instalação de bases de atuação temporárias em cada estado, com foco na articulação logística e no suporte às comunidades isoladas. O plano estadual de Mato Grosso do Sul, alinhado à estratégia nacional, inclui protocolos de resposta a desastres como chuvas intensas, seca e incêndios florestais, considerando os impactos na saúde humana, animal e ambiental.
Durante a última semana, agentes da Defesa Civil Nacional e de outros órgãos integrantes do SIFPDEC (Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil) apresentaram o plano e alinharam estratégias com gestores locais.
- Leia Também
- Após incêndio, Defesa Civil orienta moradores de ocupação no Noroeste
- Com chegada de frente fria, prefeitura irá reativar abrigo para moradores de rua
O PNEAP tem como objetivo garantir que medidas de resposta e assistência humanitária sejam implementadas antes do agravamento da estiagem. As capacitações abordaram temas como mapeamento de áreas vulneráveis, monitoramento meteorológico, logística de apoio e assistência às populações afetadas.
Segundo a Defesa Civil, cada estado contemplado pela capacitação contará com uma base de atuação temporária, com exceção do Pará, que terá duas, e do Amazonas, que contará com três, utilizando estruturas federais ou estaduais já existentes.
Para o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a fase de preparação é essencial para evitar cenários mais críticos. "É muito importante ter um planejamento, com papéis e etapas bem definidos, começo, meio e fim para enfrentar de forma eficiente a gravíssima crise de estiagem. No Norte, de uma hora para outra, comunidades inteiras perdem a ligação com as cadeias de suprimento, ficam isoladas sem as hidrovias, e isso gera uma crise humanitária instantânea. Por isso, o MIDR está levando as oficinas para capacitar as defesas civis estaduais na atuação conjunta com a União", afirmou.
O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Rafael Félix, destacou que o encerramento das oficinas representa um avanço importante na busca por uma atuação integrada.
“As atividades nos estados foram fundamentais para adaptar o plano à realidade de cada território. Essa escuta ativa fortalece a governança do sistema e garante mais eficácia na resposta aos desastres”, disse.
As oficinas fazem parte da etapa preparatória do PNEAP, que, conforme a Defesa Civil, continua em desenvolvimento, incorporando as contribuições coletadas nos estados.
A previsão é que o plano completo, com diretrizes e estratégias de enfrentamento à estiagem, seja finalizado ainda neste semestre, buscando minimizar os impactos da seca nas regiões da Amazônia Legal e do Pantanal.
Plano estadual - O Governo de Mato Grosso do Sul publicou, na edição do Diário Oficial do Estado do dia 22 de julho, duas resoluções elaboradas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da Coordenadoria de Saúde Única, em parceria com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica, que aprovam planos de contingência para enfrentar desastres provocados por chuvas intensas, seca, estiagem e incêndios florestais.
As resoluções estabelecem protocolos de resposta rápida a situações de emergência em saúde pública, com base no conceito de Saúde Única — abordagem integrada que considera os impactos simultâneos na saúde humana, animal e ambiental.
O plano contempla ações a serem adotadas em situação de emergência e crise, como enchentes e inundações que afetam diretamente a população e a infraestrutura de saúde.
Além dessas medidas, o plano estadual estabelece diretrizes para eventos como incêndios e longos períodos de estiagem, com foco na garantia do acesso à água potável, controle de doenças respiratórias e apoio à saúde das populações atingidas.