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Capital

Bombeiros e Defesa Civil alertam para risco de atravessar áreas alagadas

Equipes registram mais de 15 pontos críticos e pedem que motoristas evitem travessias

Por Kamila Alcântara e Raíssa Rojas | 13/11/2025 17:26
Bombeiros e Defesa Civil alertam para risco de atravessar áreas alagadas
Bombeiros e Defesa Civil em rotatória da Avenida Ernesto Geisel com a Rachid Neder (Foto: Osmar Veiga)

Horas depois do resgate de uma criança e de uma motorista de um Volkswagen Fox no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rachid Neder, autoridades estiveram no local e reforçaram as orientações para quem enfrenta situações de alagamento na cidade. O ponto voltou a encher rapidamente nesta quinta-feira (13), após o Córrego Segredo sair da calha e tomar as duas pistas da via.

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Após o resgate de uma criança e uma motorista em um alagamento no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rachid Neder, em Campo Grande, autoridades reforçam orientações de segurança. O Corpo de Bombeiros alerta que veículos não devem atravessar áreas alagadas quando a água ultrapassar metade do pneu. A Defesa Civil registrou mais de 110 milímetros de chuva em 16 horas, causando alagamentos em 15 pontos da cidade. O órgão mantém 197 chamados relacionados às chuvas desde novembro, incluindo quedas de árvores e danos estruturais. A previsão indica possibilidade de novos temporais até o fim de semana.

O sargento Edmilson Bento, do Corpo de Bombeiros, explicou que o veículo em que estavam a motorista e a criança não chegou a ser completamente coberto pela água, mas avançou por um trecho que já não oferecia segurança. Ele reforçou que qualquer passagem por áreas alagadas, mesmo com caminhonetes, é arriscada.

“De forma alguma é recomendável fazer essas passagens. A água pode arrastar o veículo. Se ela passa da metade do pneu, não é seguro. Na dúvida, pare em um local seguro, ligue o pisca-alerta e aguarde o nível baixar. Se possível, faça o retorno. Se não for possível, não tente atravessar”, alertou.

Bombeiros e Defesa Civil alertam para risco de atravessar áreas alagadas
Sargento Edmilson Bento, do Corpo de Bombeiros (Foto: Osmar Veiga)

Segundo o sargento, a motorista foi retirada por moradores, e o veículo só conseguiu ser removido com a ajuda de um trator. “Outras pessoas pararam para ajudar. Quando chegamos, já estavam retirando o carro de dentro da água”, afirmou.

A Defesa Civil também esteve na rotatória, onde parte do asfalto cedeu e se soltou em blocos após o escoamento da enxurrada. De acordo com o coordenador Enéas Netto, Campo Grande ultrapassou 110 milímetros de chuva em 16 horas, acumulado suficiente para provocar alagamentos em vários bairros e quedas de árvores sobre ruas e redes elétricas.

“Estamos levantando todos os pontos. Já identificamos mais de 15 locais com alagamento. Há chamados de ontem que voltaram a ocorrer hoje. Por isso, estamos cruzando informações e repassando tudo às secretarias responsáveis”, disse.

O coordenador afirmou que a Avenida Rachid Neder pode ter o trânsito interditado antes da rotatória, caso novas chuvas atinjam o trecho. “Estamos averiguando a possibilidade de fechar o acesso anterior à chegada na rotatória para evitar que a população fique presa aqui. A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) já foi comunicada e vai avaliar a medida adequada para a recuperação definitiva”, explicou.

Bombeiros e Defesa Civil alertam para risco de atravessar áreas alagadas
Coordenador da Defesa Civil de Campo Grande, Enéas Netto (Foto: Osmar Veiga)

Enéas destacou que a população deve seguir os avisos da Defesa Civil, que monitora a cidade em parceria com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). “Os alertas não são enviados por acaso. São baseados em dados. Isso evita prejuízo patrimonial e, principalmente, riscos à vida”, disse.

A Defesa Civil mantém, desde o início de novembro, 197 chamados relacionados a chuvas, que incluem desobstrução de vias, quedas de árvores e danos estruturais.

Nos últimos dois dias, o cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Avenida Rachid Neder voltou a ser o ponto mais problemático da cidade, com alagamentos sucessivos, resgate de moradores e danos ao pavimento. A previsão indica instabilidade até o fim de semana e possibilidade de novos temporais.

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