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Capital

Capital pode ter 3.310 mil novos casos de câncer até 2025

Dia Mundial de Prevenção à doença alerta sobre importância de diminuir os riscos da neoplasia

Por Natália Olliver | 04/02/2024 09:46
Paciente em tratamento no HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão) (Foto: Henrique Kawaminami)
Paciente em tratamento no HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão) (Foto: Henrique Kawaminami)

Campo Grande pode ter 3.310 novos casos de câncer até o próximo ano. O número é uma estimativa feita pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) e considera o triênio de 2023-2025. A maior incidência poderá ser do câncer de pele não melanoma, com 730 ocorrências ao ano, seguido do câncer de próstata, com 420 e o câncer de mama, com 390.

Conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em 2022 foram 1.839 casos no município. A pasta informou que ainda não há dados consolidados sobre o ano de 2023 e , consequentemente, de 2024.

O tratamento de pacientes com câncer é feito nos hospitais habilitados na Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia), composta pelo Hospital Regional, Hospital Universitário, Santa Casa e Hospital de Câncer Alfredo Abrão.

Em 2023 o HCAA (Hospital do Câncer) realizou quase 59 mil consultas, 16 mil quimioterapias e 1.116 radioterapias. Para ressaltar a importância do Dia Mundial de Prevenção à doença, feita neste domingo (4), o cirurgião oncológico, Cezar Augusto Vendas Galhardo, explica que mudar hábitos é necessário para diminuir o risco do câncer.

Entre as dicas estão realizar atividade física, se alimentar de maneira mais balanceada, com menos consumo de industrializados e processados.

“O principal alerta é quanto aos hábitos de vida. O câncer vem aumentando por diversos fatores; primeiro porque o ser humano vem vivendo mais e, ao mesmo tempo, cada vez mais temos pessoas mais sedentárias; mais obesas; menos praticantes de atividade física regular; com alimentação cada vez mais rápida e errada, como fast food, comidas prontas cheias de conservante, refrigerantes, bebidas alcoólicas e consumo do tabaco em suas diversas formas. Esses são os fatores que a gente tem de combater”.

O médico que atende pela Unimed acrescenta que a alimentação é a chave de tudo e pode impactar diretamente no aparecimento ou não da doença.

“Locais em que se consome menos carne vermelha, tendem a ter incidência menor de câncer no intestino. Porém, em contrapartida, tendem a ter incidência maior de câncer de estômago. Então, o ideal é ter hábitos saudáveis; atividade física regular e alimentação balanceada. Isso porque quando se come só uma coisa, é possível que se escape de um tipo de tumor e caia em outro”.

Outro fator que pode contribuir com o aparecimento do câncer de pulmão, cavidade oral, boca e laringe é o tabagismo. E, a preocupação que antes era motivada exclusivamente pelo cigarro, hoje é causada pelos cigarros eletrônicos. “A gente acredita que podemos ter uma geração de câncer por vape em alguns anos”.

Além da alimentação, os exames preventivos são fatores decisivos contra o câncer. É necessário que homens façam o check-up chamado PSA, que pode diagnosticar o câncer de próstata.

Já as mulheres acima de 40anos  precisam fazer a mamografia anualmente. A colonoscopia, exame que visualiza o intestino grosso até chegar ao delgado, é indicado para pessoas acima de 45 anos, tanto homens quanto mulheres.

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