Cartórios realizam ação para agilizar cadastro de doadores de órgãos

Os Cartórios de Notas de Mato Grosso do Sul realizam neste sábado (19) mutirão no Shopping Norte Sul Plaza para auxiliar no processo de pessoas que têm interesse em ser doador de órgãos. O processo é simples envolvendo a AEDO (Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos), que é o documento digital que assegura o direito do doador.

A 2ª edição da Jornada Notarial começou nesta manhã e se estende até às 16h no shopping, próximo a loja da Renner. O Presidente do Colégio Notarial do Brasil MS, Elder Gomes Dutra explica que a ação em Campo Grande faz parte de uma iniciativa nacional e que a mesma é gratuita.

“A autorização eletrônica é um instrumento praticado pelos cartórios de notas, desde abril, que permite a manifestação de vontade daquelas pessoas interessadas em doar órgãos após o seu falecimento. Elas podem deixar esse desejo registrado em cartório gratuitamente”, afirma.

No Estado, os interessados em realizar o processo devem ir ao cartório de notas e emitir o documento. Outra alternativa, conforme o presidente, é acessar o site e solicitar a emissão do documento certificado. “Ela vai escolher os cartórios credenciados, habilitados, e o cartório receberá uma notificação e entrará em contato com essa pessoa para poder fazer a emissão da autorização de doação de órgãos”, completa.

Em MS, pelo menos 230 pessoas estão na fila aguardando o recebimento de um órgão e 193 pessoas estão inscritas no AEDO. Além de realizar o cadastro, a equipe também está esclarecendo dúvidas e orientando o público sobre outros serviços, como escrituras de compra e venda, inventários e divórcios.

Lary Wendy Miranda Domingos de Souza, de 34 anos, procurou atendimento no local. A auxiliar administrativa comenta que já manifestou para a família o desejo de ser uma doadora de órgãos. “A verdade é que eu sempre tive essa visão de pensar no próximo, doar vidas, doar amor. Então eu sempre deixei a minha família bem clara, até depois que eu casei”, fala.

Ela e o marido Marcelo Gomes de Souza, de 40 anos, foram juntos na ação de hoje. O professor destaca que o cadastro é essencial para contabilizar o número de doadores e o número de pessoas que aguardam a doação.

“A importância desse cadastro é o controle também da quantidade de quem é doador ou não. A gente precisa ter um controle quantitativo e principalmente desses bancos de espera para quem estiver esperando um órgão ter noção de que está tendo um cadastro”, explica.

Marcelo enfatiza que a doação de órgãos também é um gesto de bondade. “Eu já sou doador de sangue há mais de 20 anos e eu sei da importância da doação e também da importância da doação de órgãos. A fila é gigantesca para quem precisa. É um ato de amor sem palavras de poder doar”, diz.

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