Em MS, 52 municípios atingem meta de alfabetização nas escolas públicas
Angélica e Figueirão lideram índice de alfabetização; Capital tem 51% de crianças lendo
Cinquenta e dois municípios de Mato Grosso do Sul superaram a meta de alfabetização estabelecida para 2024, segundo o MEC (Ministério da Educação). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11), no levantamento "Indicador Criança Alfabetizada", que avalia o percentual de alunos do 2º ano do ensino fundamental que conseguem ler e escrever na idade certa.
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Mato Grosso do Sul ultrapassa meta de alfabetização em escolas públicas. Cinquenta e dois municípios superaram o índice de 52,8% estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) para 2024. O estado alcançou 55,87% de alfabetização entre alunos do 2º ano do ensino fundamental, um aumento de 8,4 pontos percentuais em relação a 2023. Angélica e Figueirão lideram com 86,5% de alfabetização, seguidos por Taquarussu (85,4%) e Três Lagoas (83%). Apesar do avanço, 27 municípios não atingiram a meta. O MEC visa alcançar 64% de alfabetização em 2025 e 80% em 2030. O Ceará lidera o ranking nacional com 85,3%.
Segundo o MEC, 18 estados melhoraram seus indicadores em relação ao ano anterior. Mato Grosso do Sul está entre eles, onde o índice passou de 47,45% em 2023 para 55,87% em 2024. O crescimento de 8,4 pontos percentuais garantiu o cumprimento da meta estadual, que havia sido fixada em 52,8%, considerando o desempenho anterior.
No âmbito local, 52 dos 79 municípios sul-mato-grossenses superaram suas metas locais, que variam conforme os índices de 2023. Os destaques incluem Angélica e Figueirão, que chegaram a 86,5% de crianças alfabetizadas.
A lista completa dos que bateram a meta inclui: Angélica (86,5%), Figueirão (86,5%), Taquarussu (85,4%), Três Lagoas (83,0%), Anaurilândia (80,1%), Itaquiraí (79,4%), Sonora (78,6%), Paraíso das Águas (78,5%), Novo Horizonte do Sul (78,4%), Água Clara (77,0%), Ponta Porã (71,1%), Amambai (69,7%), Nova Andradina (69,4%), Ivinhema (68,8%), Douradina (68,7%), Batayporã (67,8%), Porto Murtinho (67,5%), Paranhos (66,4%), Caarapó (66,2%) e Guia Lopes da Laguna (64,6%).
Também superaram as metas: Chapadão do Sul (63,4%), São Gabriel do Oeste (62,1%), Nioaque (61,0%), Brasilândia (60,8%), Camapuã (60,4%), Iguatemi (60,0%), Selvíria (59,8%), Bonito (58,8%), Corguinho (58,7%), Aparecida do Taboado (57,5%), Tacuru (56,6%), Nova Alvorada do Sul (56,5%), Pedro Gomes (55,9%), Caracol (55,7%), Paranaíba (55,2%), Costa Rica (54,9%), Cassilândia (54,4%), Jardim (53,8%), Dourados (53,4%), Rio Brilhante (52,7%), Bandeirantes (52,4%), Bataguassu (52,3%), Campo Grande (51,8%) e Inocência (51,7%).
Mesmo com os avanços, outros 27 municípios não alcançaram o desempenho esperado. Entre os que mais se aproximaram da meta, mas não conseguiram atingi-la, estão: Laguna Carapã (77,5%, meta de 80%), Aral Moreira (73,4%, meta de 74,8%) e Glória de Dourados (73,2%, meta de 79,1%).
Para os próximos anos, o MEC estabeleceu metas progressivas para os entes federados de alfabetização dos estudantes. Em 2025, o alvo da pasta é alcançar a marca de 64%, chegando a 80% de crianças acima do padrão nacional de alfabetização em 2030. “Não queremos nenhum estado abaixo de 80% de crianças alfabetizadas. A gente quer 100%, esse é o objetivo, mas pelo menos 80%”, completou o ministro da Educação, Camilo Santana, durante a apresentação dos dados.
Em dados - Ceará (85,3%), Goiás (72,7%), Minas Gerais (72,1%), Espírito Santo (71,7%) e Paraná (70,4%) atingiram os maiores percentuais de alfabetização do país. Entre os estados que superaram seus objetivos pactuados, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso (60,6%) apresentam os melhores indicadores.
O único ente federado que ainda não implementou o sistema estadual de avaliação e, portanto, não apresenta dados no indicador, é Roraima. O estado, porém, já pactuou sua participação na próxima medição. Acre e Distrito Federal iniciaram sua participação na avaliação na edição de 2024.
Indicador - O "Criança Alfabetizada" é calculado a partir de um teste, no qual cada estudante responde a 16 itens de múltipla escolha e três de resposta construída, sendo uma produção textual.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) cede um conjunto de itens que comporão os testes que serão aplicados pelos sistemas estaduais de avaliação, e, posteriormente, o indicador é calculado a partir do alinhamento nacional dos dados apurados por essas avaliações. Entre outubro e novembro de 2024, dois milhões de estudantes foram avaliados pelos sistemas estaduais nas salas de aula.
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