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Capital

Ciclovia que liga avenidas promete trazer segurança e fluidez

Elverson Cardozo | 06/07/2012 08:49
Presença de ciclistas na avenida Gury Marques é frequente. (Foto: Elverson Cardozo)
Presença de ciclistas na avenida Gury Marques é frequente. (Foto: Elverson Cardozo)
Trecho que vai virar ciclovia já está recebendo obras. (Foto: Elverson Cardozo)
Trecho que vai virar ciclovia já está recebendo obras. (Foto: Elverson Cardozo)

Parte das obras do PAC Mobilidade Urbana em Campo Grande, o início da construção de uma ciclovia - que vai da avenida dos Cafezais à Fábio Zahran, na via Morena -, tem agradado quem passa pela região, especialmente os ciclistas.

É que o empreendimento promete trazer mais segurança e fluidez no trânsito. Quem passa pela Gury Marques, próximo à rotatória da fábrica da Coca-Cola, na saída para São Paulo, já começa a ver as mudanças.

O local para implantação da via já foi marcado. O segurança de uma empresa de terraplanagem localizada na avenida, Enedino Ramos dos Santos, de 65 anos, confirma que os trabalhos começaram há cerca de uma semana.

Enedino aprova a iniciativa e diz que a ciclovia vai trazer ajudar a diminuir o número de acidentes na localidade. Situação que ocorre frequentemente. “Teve uma noite que eu vi três de bicicleta morrer”, contou.

E o perigo, segundo o segurança, começa ainda de madrugada, por volta das 5h, quando a presença de ciclistas começa a aumentar. O caminho é rota de muitos trabalhadores que cruzam a cidade, de bicicleta, para chegar ao emprego.

Iran Rufino aprova iniciativa. (Foto: Pedro Peralta)
Iran Rufino aprova iniciativa. (Foto: Pedro Peralta)

Iran Rufino da Silva, de 28 anos, é um deles. O pintor passa pelo local todos os dias e confirma o perigo relatado pelo segurança. Na quarta-feira (4), por exemplo, quase foi atropelado por um motociclista. “E ele nem parou para ver se eu tinha me machucado”, relatou.

A construção de uma ciclovia que também vai passar pela Gury Marques agrada o ciclista, que chegou a afirmar que o trânsito, naquela região, vai melhorar 100%. “É uma boa iniciativa, vai facilitar muito a vida”, disse.

Opinião compartilhada pelo pedreiro Reinaldo Antonio Palancio, de 34 anos. Morador do Jardim Itamaracá, ele cruza a cidade até o bairro Parati, onde trabalha. Passa pela avenida todos os dias, por volta das 6h30, quando vai ao serviço, e às 19h, quando retorna para casa.

O tráfego, afirmou, é intenso, e a maioria dos motoristas e motociclistas não respeitam. “É daí para pior”. A ciclovia, opinou, vai trazer mais tranquilidade, evitar acidentes e, além disso, mais mortes.

“Evita da gente passar perto de caminhão, dos carros e dos ônibus”, disse Reinaldo Antonio. (Foto: Pedro Peralta)
“Evita da gente passar perto de caminhão, dos carros e dos ônibus”, disse Reinaldo Antonio. (Foto: Pedro Peralta)

“Evita da gente passar pelo de caminhão, dos carros e dos ônibus”, disse. “Se estourar o pneu da bicicleta no meio da pista a gente morre”, completou.

Para o pedreiro, a ciclovia vai ajudar, mas o problema vai ser atravessar a rotatória e horários de pico, por exemplo.

O trabalho será executado pela empresa Engepar Engenharia e Participações Ltda. A obra tem previsão de gasto de R$ 1.124.965,78. Estatísticas revelam que a Capital tem uma frota de aproximadamente 200 mil bicicletas.

A cidade com maior extensão de ciclovias no País é Curitiba, com um pouco mais de 50 quilômetros.

Projeto – A previsão é que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) inaugure a ciclovia ainda este ano, junto com as outras obras do plano, como o viaduto na rotatória das avenidas Dr. Olavo Villela de Andrade, conhecida como Interlagos, e Gury Marques.

O sistema de gerenciamento de informações do transporte coletivo – que visa trazer melhorias no trânsito – também é parte do projeto.

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