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Capital

Com adesão de 163 escolas, professores fazem passeata

Professores da Reme saíram em marcha e querem reunião com prefeita Adriane Lopes

Silvia Frias e Caroline Maldonado | 26/04/2023 10:32
Professores saem em passeata pelo centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Professores saem em passeata pelo centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Em Campo Grande, professores de 163 das 205 escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) aderiram à paralisação nacional nesta quarta-feira, suspendendo as aulas em 79,5% das instituições da cidade. O grupo se reuniu hoje na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) e saiu em passeata, a caminho da prefeitura.

Os professores saíram da sede do sindicato, na Rua 7 de Setembro, passaram pela Rua Rui Barbosa e foram até Avenida Afonso Pena, se concentrando na Praça Ary Coelho. A expectativa é que o protesto tenha reforço de mais profissionais no local, em organização com apoio da Fetems (Federação dos Trabalhadores de Educação em MS).

Os professores ainda vão seguir para a prefeitura, onde pretendem se reunir com a prefeita Adriane Lopes. O presidente da ACP, Gilvano Kunzler Bronzoni, disse que encaminhou ofício ontem, pedindo esse encontro, mas ainda não há nada agendado oficialmente.

Grupo se concentra na Praça Ary Coelho, antes de seguir para prefeitura. (Foto: Henrique Kawaminami)
Grupo se concentra na Praça Ary Coelho, antes de seguir para prefeitura. (Foto: Henrique Kawaminami)

Manifestação – A quarta-feira é dia de paralisação nacional, em que a categoria pede a revogação do Novo Ensino Médio. Para os docentes da Reme, também está sendo reivindicado o reajuste do piso salarial referente ao ano de 2024.

A Semed (Secretaria Municipal de Educação) divulgou o número de escolas que tiveram atividades prejudicadas. Informou, ainda, que os pais e alunos foram comunicados antecipadamente e que as aulas serão repostas.

Hoje cedo, a equipe do Campo Grande News encontrou familiares de estudantes em frente de escolas e que não sabiam da manifestação, como na Escola Municipal Carlos Vilhalva, no Jardim Aeroporto.

Representantes da ACP e da Fetems discursam na Praça Ary Coelho. (Foto: Henrique Kawaminami)
Representantes da ACP e da Fetems discursam na Praça Ary Coelho. (Foto: Henrique Kawaminami)

Mudança - O Novo Ensino Médio foi decretado por medida provisória no governo Temer em 2016 e aprovado pelo Congresso no ano seguinte. Em 2021, no governo Bolsonaro, o ministro Milton Ribeiro definiu um calendário de implementação gradual que previa a mudança do 1º ano em 2022, do 2º ano em 2023 até chegar ao 3º em 2024, com ajustes no Enem.

O Novo Ensino Médio altera a BNCC (Base Comum Curricular), amplia o tempo mínimo na escola de 2,4 mil a 3 mil horas anuais e prioriza conteúdos voltados às áreas de conhecimento escolhidas pelos próprios estudantes.


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