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Capital

Com índios "dando as ordens", Bacha diz que força é maior do que a lei

Mariana Lopes | 24/05/2013 10:44
Bacha ontem, em lanchonete a espera da resposta dos terena. (Foto: Simão Nogueira)
Bacha ontem, em lanchonete a espera da resposta dos terena. (Foto: Simão Nogueira)

Expulso pelos índios da própria fazenda e com prazo para retirar os móveis e gados da propriedade rural, o ex-deputado Ricardo Bacha diz se sentir impotente nas mãos dos terena e critica uma “inversão nas regras do estado de direito democrático”, como define o produtor rural.

De mãos atadas, ele aguarda a audiência sobre o caso, que foi marcada pela Justiça Federal para a próxima quarta-feira (29). “Estamos esperando que a Justiça se pronuncie e nos apresente uma solução, pois os interesses são conflitantes”, pontua Bacha.

Com um misto de angustia e expectativa de ver a proposta de reconciliação que Justiça irá apresentar, Bacha diz que os índios assumiram o papel do judiciário e estão ditando as regras.

“Me sinto impotente, não tenho instrumentos para bater de frente com ele, sou apenas um proprietário e eles estão em mais de 500, é a força sobrepujando a lei”, critica o ex-deputado.

Na tarde de ontem, Bacha foi escoltado até Sidrolândia, cidade onde fica a propriedade rural, por deputados estaduais, além do presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia.

Porém, não houve negociação e os índios deram novo prazo, até o dia 29, para o fazendeiro retirar os móveis e os bois da fazenda. “Eles não querem saber de conversar, não houve como ter qualquer tipo de negociação, eles tomaram as áreas e acabou”, enfatiza Bacha.

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