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Capital

Com ordem para internação parada há 9 meses, preso mata o 2º colega de cela

Juliano de Lacerda Bittencourt, de 27 anos, é conhecido como “Avatar” e matava após ouvir vozes

Por Ana Beatriz Rodrigues | 02/01/2025 14:42
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Juliano de Lacerda Bittencourt, de 27 anos, conhecido como “Avatar”, (Foto: Processo)

Juliano de Lacerda Bittencourt, de 27 anos, conhecido como “Avatar”, matou um segundo colega de cela, dizendo que ouviu vozes para o assassinato. O primeiro foi em 2023 e o segundo na manhã desta quinta-feira (2), no Presídio de Segurança Máxima, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

O que chama atenção nessa história é que, em abril de 2024, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida o considerou inimputável pela segunda vez e determinou a transferência e internação dele.

Na ocasião, ele foi julgado pelo assassinato de Ivonete Bartolomeu, 64 anos, a facadas, em Sidrolândia, município que fica a 70 km de Campo Grande. Juliano surpreendeu a polícia ao admitir que não tinha nenhum motivo para cometer o crime, apenas que “precisava fazer aquilo”. Então, o magistrado determinou que “Avatar” fosse internado imediatamente, pelo prazo de, no mínimo, três anos.

O Estado não tem Hospitais de Custódia. Em 2023 foi determinado dar preferência ao tratamento em meio aberto, pela família, daqueles que cometeram crimes, mas que não têm condições psíquicas de compreender os próprios atos.

Os crimes - O interno está preso desde agosto de 2022, após matar Ivonete.

Menos de um mês depois, o rapaz voltou a ser notícia pelo assassinato do colega de cela, Renato Geovane Alves, asfixiado. Juliano confessou o crime e disse que havia cometido porque Renato era “abusador de crianças”.

Hoje, por volta das 5h30, os agentes penais encontraram Thyago Romero Ormond morto, com lesões graves na cabeça. Na cela, que fica na ala psiquiátrica da Máxima, estava a vítima Juliano e mais três colegas. Questionado sobre o porquê havia feito aquilo, o preso contou que foi uma “ordem divina”.

A reportagem entrou em contato com Agepen questionando o motivo de Juliano não estar isolado em uma cela. Em nota a assessoria respondeu que:  "O caso será investigado pela Polícia Civil e a Agepen abrirá um Procedimento Administrativo Disciplinar (Padic) como forma de apuração interna sobre as circunstâncias do fato. Os outros quatro internos da cela foram encaminhados para outra cela até a chegada da perícia técnica e dos policiais civis para os devidos esclarecimentos e procedimentos cabíveis".

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